Santa Catarina vai investir na melhoria genética da tilápia com o objetivo de obter peixes mais graúdos e com mais carne para enfrentar a concorrência com o Vietnã. Em março, o presidente Lula esteve no país asiático e agradeceu ao Vietnã por sua decisão de abrir seu mercado para a carne bovina brasileira. Em resposta, o Brasil anunciou a remoção de sua proibição de importação de tilápia. 

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A medida foi considerada uma ameaça à produção catarinense e trouxe preocupação aos piscicultores de tilápia —  Santa Catarina é o quarto maior do país. 

A Tilápia do dia a dia

— É uma medida que contraria diretamente as recomendações de pesquisadores da Secretaria de Aquicultura e Pesca de Santa Catarina e da EPAGRI/SC, respeitada instituição que atua há décadas na pesquisa e desenvolvimento da aquicultura em Santa Catarina. O alerta dos especialistas era claro: a entrada do pescado importado representa risco sanitário, e ameaça à sustentabilidade econômica da cadeia produtiva,  desestimulando a produção local, que vinha em ritmo acelerado de crescimento. Mesmo assim, o governo Lula optou por liberar a importação como moeda de troca comercial, em negociações para ampliar o mercado de outros produtos brasileiros — reclamou, em abril,  o secretário executivo de Aquicultura e Pesca (SC), Tiago Bolan Frigo.

No lançamento do programa  Pescados SC, na última segunda-feira (30), o governo catarinense informou que parte do investimento de R$ 100 milhões irá para a valorização da tilápia.

A intenção é fornecer matrizes geneticamente melhoradas aos laboratórios para qualificar o pescado. Além disso, o eixo vai capacitar mais de 30 mil piscicultores, especialmente jovens e mulheres.

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