A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fará concurso público depois de 11 anos. Serão 403 vagas para todo o país, sendo que nove delas estão destinadas para Santa Catarina. São vagas de ensino médio e curso superior, com salários que variam de R$ 3459,00 a R$ R$ 8140,00.

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A informação, exclusiva, foi obtida pela coluna em entrevista realizada com o presidente da Conab, Edegar Pretto. As inscrições para o concurso público estarão abertas a partir do dia 14 de abril e a prova será realizada no dia 13 de julho.

Na entrevista, Pretto fala também das medidas que o governo está adotando para conter a inflação dos alimentos e o impacto do tarifaço do presidente dos Estados Unidos nos preços no Brasil. Confira:

1- A Conab vai fazer concurso público depois de 11 anos. Serão 403 vagas. Quantas serão destinadas para Santa Catarina e porque são importantes?

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São nove vagas para Santa Catarina: oito para o cargo de analista, que exige ensino superior, e uma para o cargo de assistente, que exige nível médio. A Conab voltou a cumprir o seu papel. E para executarmos todas as políticas públicas, nós precisamos de novos profissionais, que nos ajudem a cumprir a sua missão com excelência. Quem for aprovado atuará em áreas estratégicas, desde o planejamento até a operacionalização de programas voltados aos setores agrícola e alimentar.

2 – Como está a aderência do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) em SC e o que pode ser feito?

Entre 2023 e 2024, 27 cooperativas e associações da agricultura familiar participam do PAA em Santa Catarina, com um investimento do governo federal que alcança os R$ 23 milhões na aquisição de 1.000 toneladas de alimentos. Essa produção é entregue à rede socioassistencial, contribuindo diretamente para o combate à insegurança alimentar e nutricional. Pela sua relevância para a geração de renda no campo e combate à fome é que abrimos uma nova chamada recentemente, para que as organizações possam seguir vendendo a sua produção ao governo.

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3 – O que pode ser feito para conter a inflação dos alimentos?

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A Conab está incentivando a produção de alimentos em todo o país. Acabamos de encerrar as inscrições para o PAA, que bateu todos os recordes em relação à primeira chamada, de 2023, garantindo uma oferta maior de produtos, o que ajuda a equilibrar os preços. Além disso, estamos reformando os nossos armazéns para que possamos voltar a ter estoques públicos de milho, arroz, trigo e outros para serem usados em caso de escassez, ajudando a equilibrar os preços no mercado.

4 – A sugestão do vice-presidente Geraldo Alckmin, de retirar os preços da energia e dos alimentos do cálculo da inflação, não é tapar o sol com a peneira?

Não se trata disso. O vice-presidente Alckmin sugeriu que o Banco Central retire a inflação de alimentos e energia do cálculo da taxa de juros, como ocorre nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, onde é calculada a inflação e a inflação sem alimentos e energia, essa última que é utilizada para decisões de política monetária. O IPCA continuará sendo medido normalmente. Calcular a inflação sem alimentos e energia para fins de decisão de juros e colocar esse índice na meta de inflação é uma evolução do modelo atual.

5 – As medidas tarifárias anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, podem ter algum impacto nos preços no Brasil?

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A Conab está acompanhando de perto as consequências dos tarifaços impostos pelo presidente norte-americano, principalmente os que geram confrontos com a China, que importa milho, soja e outros grãos dos americanos. Entretanto, cálculos preliminares mostram que o Brasil não será diretamente afetado por estas medidas.

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