U ma luz está sendo acesa no fim do túnel. Percebe-se que ilumina o torcedor do futebol. E ele está indo em direção a algum estádio. Feliz, emocionado, imaginando rever o seu time do coração para com ele voltar a vibrar.

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Rubens Angelotti, presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF) tinha reunião com o governo do Estado na última quinta-feira (9) sobre público nos estádios. Acabou sendo realizada na quarta feira (8) à tarde e o dirigente máximo do futebol estadual sentiu muita receptividade no secretário de Saúde, André Motta Ribeiro.

Empolgado, o presidente da FCF ficou no aguardo da informação oficial. A tendência é de que o decreto com esta liberação valha já para o dia 15 de setembro. Ele pediu 50% da capacidade dos estádios, mas sabe que deu uma exagerada para ganhar quem sabe um pouco menos.

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O nosso futebol

A ausência do torcedor foi fatal para os nossos times. Sem ele faltou a alma do espetáculo, a energia aos atletas, a presença física que motiva o jogador em campo. Por isso tivemos campanhas até aqui muito abaixo do que podemos. É o caso da Chapecoense que atravessou um turno inteiro sem uma única vitória no Brasileirão. O Figueirense também, que somente agora decolou e conseguiu também encaixar um time. Avaí também sente muito a ausência da sua fiel torcida.

Não só por conta do resultado em campo que muitas vezes é impulsionado pela arquibancada, mas igualmente pelo fator financeiro. O torcedor é o princípio básico do futebol. Presente, ele faz a diferença.

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Desempenho 

O saldo não foi bom. Na Série D, do Campeonato Brasileiro de três representantes colocamos um apenas para a fase seguinte na competição, o Joinville. Marcílio Dias e Juventus de Jaraguá do Sul ficaram dependendo do saldo de gols.

O Figueirense joga mais uma cartada decisiva neste sábado (11) contra o São José. Situação cada vez mais complicada. E o Criciúma, que estava relativamente tranquilo, também está vendo sua situação ficar difícil. Na Série A, Chapecoense, nossa única representante, está vendo a vaga ir embora com uma péssima campanha. O Avaí parece neste momento ser a esperança catarinense enquanto o Brusque continua sua luta de permanência na Série B.

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Cancelamento

Quase todo calendário estadual de esportes foi cancelado na segunda-feira à noite por decisão do governo. Restaram apenas o Jogos Abertos ainda previstos para São José em novembro. Jogos Estudantis, Olesc, Joguinhos Abertos, Jogos Escolares, entre outros foram cancelados por conta da pandemia. Isso nos leva a crer da dificuldade que o governo tem em liberar o futebol com público. Há nos bastidores de que a qualquer momento o Jasc também será cancelado.

Meu personagem 

Milton Cavallazzi foi uma estrela do nosso futebol. Artilheiro, veloz, corajoso, o baixinho está na história do Avaí e até acho que o futebol ainda lhe deve uma grande homenagem.

Formou com Moreli uma dupla de ataque que entrou para história. Iniciou carreira em 1963 e jogou até 1971. Foi diretor, tesoureiro, gerente e outros cargos que nem sabia que existia. Era do time de Fernando Bastos, José Amorim e Saul Oliveira. Cavallazzi teve uma rápida passagem pelo Olímpico de Blumenau onde enfrentou as mesmas crises superadas no Avaí.

Foi campeão da cidade em 1963 e jogou numa época que o interior tinha o melhor futebol do Estado. Hoje, vive de saudade e recordações. Discorda de tudo que vê na televisão em relação aos times atuais e especialmente o Avaí. Na passagem recente dos 98 anos do Avaí não poderia deixar de lembrar do artilheiro e ídolo da torcida azurra Milton Cavallazzi.

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Giro Total 

Jorginho: Da mesma forma que o time do Figueirense custou a engrenar e falhou na hora mais importante contra o Ituano, o técnico Jorginho também parece estar fazendo hora extra. Profissional competente e conhecer atributos que não foram suficientes para ele levar o Figueirense a dias melhores. Os problemas internos impediram que o clube mudasse de rumo no futebol.

Será? Articula-se em Chapecó a volta do empresário José Isair Gambatto à diretoria do clube. A presidência é o seu destino. Gambatto foi um dos responsáveis pelo crescimento e a entrada no cenário nacional da Chapecoense. Foi ele quem colocou no clube o falecido Sandro Palaoro de grande administração. 

Ciclismo: E o ano passou e não conseguimos realizar a Prova Ciclística Subida ao Morro da Cruz em Florianópolis. O evento faz parte do calendário esportivo do aniversário da Capital em março. A previsão era 22 de agosto. A pandemia impediu. Uma pena. O Brasil espera anualmente pela prova.

Bastidores: Na entrega da medalha do mérito Saul Oliveira no Avaí percebi a presença de muitos amigos de José Matusalém Comelli dos tempos do Jornal O Estado. Seu fiel escudeiro Marcilio Medeiros Filho estava lá.

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