Que termine 2022, um ano de baixos resultados para o futebol catarinense. O cenário nacional continua nos olhando de forma atravessada, e com razão. Falta-nos representatividade. Não conseguimos permanecer na elite do futebol brasileiro dois anos seguidos. Descobrir as razões é o que os dirigentes precisam fazer.
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O orçamento dos nossos clubes é baixo. O que recebemos de direitos de transmissão da TV é pouco, exatamente pela nossa posição entre os demais clubes. Seriam esses os nossos problemas? Claro que não. A visão do futebol parece estar entre as principais dificuldades.
A montagem do grupo, a formação do elenco que muitos clubes conseguem qualidade, com pouca condição financeira. Definir quem tem condição para jogar uma Série A, B ou C, este é o problema.
O Avaí formou um time que parecia ter condição para deixar o clube na Série A. Engano. Sem querer desrespeitar este ou aquele atleta, mas quando William Potker passa a ser o grande nome do time, tem alguma coisa que não bate. Jogador que baixa a cabeça e dispara em direção a não sei o quê, porque o objetivo nunca é alcançado. E dizem ser a solução. Tem algo errado.
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Quando se traz jogador que nitidamente percebe-se que veio contra a vontade e sem comprometimento, não chegaremos a lugar nenhum. Os nossos três representantes na Série B também torturam os torcedores. Exceção ao Criciúma, que a partir do 2º turno decolou no campeonato. O campeão estadual está indo para a Série C e a Chapecoense continua correndo risco de rebaixamento.
O Figueirense não conseguiu subir para a Série B e agora se agarra a Copa SC para tentar uma vaga na Copa do Brasil. Vamos projetar 2023. As lições deste ano devem ser levadas em consideração.
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O técnico
No caso do Avaí, todos queriam a saída de Eduardo Barroca. Os resultados não eram bons, mas o trabalho era organizado, tinha esquema de jogo, os atletas jogavam com ele e por ele. Havia comprometimento. Neste momento, está muito claro que Lisca não foi bem recebido ou quem sabe a forma de trabalhar não encaixou com o perfil do time. O grupo sente falta de Barroca, acreditando que algo ainda aconteceria de bom.
Discordo. Tinha mais o que tirar do time. O problema foi a escolha do substituto. Chegou aqui um Lisca diferente, que não tem mais aquele ímpeto à beira do gramado, a disposição, participação no jogo. Nada disso veio com ele. O resultado está aí. Neste sábado, dia 22, o Avaí enfrenta o Palmeiras. Oremos.
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Decisões
O Figueirense espera o final da Copa SC para saber se fica com o técnico Júnior Rocha, que não conseguiu o acesso para a Série B nacional. O Brusque foi buscar Gilson Kleina, não sei a troco de que. A Chapecoense melhorou um pouco com a chegada de Gilmar Dal Pozzo, depois de apostar em vários técnicos. O Criciúma acreditou em Cláudio Tencati e acertou. Não só os técnicos, mas a montagem da comissão de futebol, em especial a contratação do diretor executivo, este precisa ser analisado muito bem.
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Semifinalistas
Fico a imaginar o dia a dia de clubes como Carlos Renaux, Hercílio Luz, Marcílio Dias, clubes cujas receitas são baixas e não têm incentivo maior, valendo-se de patrocínios locais, poucos sócios e mesmo assim conseguem fazer futebol profissional em Santa Catarina.
Trabalham exclusivamente em cima dos nomes tradicionais que carregam nos escudos. Mesmo considerando a competição que disputam e os adversários de menor qualidade, ainda assim estão de parabéns.
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Um exemplo
Alguém em Santa Catarina pensou uma única vez num profissional chamado Erasmo Damiani (de branco na foto)? Ele foi campeão olímpico com o Brasil e fez grandes trabalhos no Palmeiras, Atlético-MG e Internacional. Tem revelado jogadores da base que estão rodando o país.
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É manezinho, começou no Figueirense e nunca foi chamado para um trabalho. Nossa preferência sempre é que o contratado tenha renome nacional. Por isso, temos dado com os burros na água.
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Saudade
Sinto saudade do Joinville de Valdomiro Schutzler, Carlos Alberto Virmond, Osni Fontan, José Pereira Sagaz, Mauro Bley, Nereu Martinelli e dirigentes que fizeram a história do JEC. De jogadores como Nardela, Wagner Bacharel, Paulo Egidio, Barbieri, Geraldo Pereira, Zé Carlos Paulista, Jorge Luiz, Alfinete…
Nossa, o time tinha o respeito nacional. Hoje, nada mais do que um simples time de futebol sem série nacional para jogar e que nem na Copa SC consegue avançar às semifinais. É de doer.
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Giro Total
Nome forte:
Ed Pereira, que não alcançou números suficientes para eleição de deputado e já foi secretário de Esportes, é forte candidato a assumir a Fesporte, em caso de vitória de Jorginho Mello (PL).
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Em campanha:
No perfil dele no Instagram, Ed está fazendo uma enquete: “O que você deseja para o Esporte? Quais são suas prioridades?”. Pede sugestões aos seguidores.
Blumenau:
Em caso de vitória de Décio Lima (PT), o novo presidente da Fesporte deve vir de Blumenau, onde estão vários nomes importantes com trabalho no esporte.
Nada:
O ex-presidente da Fesporte Rui Godinho, mais uma vez candidato a deputado federal, não conseguiu se eleger. Aliás, o esporte elegeu pouca gente.
Mais um:
Jonathan, ex-atacante do Avaí, tinha futuro bem encaminhado. Não aproveitou a chance que teve na Chapecoense. Segundo a direção do clube, problemas extracampo determinaram a saída.
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