A criação de 9,3 mil empregos em Joinville nos últimos três meses ainda não foi suficiente para confirmar a recuperação econômica da cidade após os impactos da pandemia. Apesar de ser um termômetro eficiente para medir o desempenho da economia, as contratações não repõem integralmente 13,2 mil vagas perdidas no trimestre anterior. Mas existe outro fator: há necessidade de aguardar pela conclusão dos programas emergenciais do governo federal para aí, sim, avaliar o cenário com mais precisão.

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Só em suspensão de contratos ou redução de jornada, mais de 70 mil trabalhadores do setor privado de Joinville foram incluídos no programa do governo federal. O contingente representa 35% da força de trabalho da cidade contratada por meio da CLT. Como é possível usar mais de uma modalidade para o mesmo empregado, já são 110,6 mil acordos de redução ou suspensão dos contratos, com complemento pelo governo de parte do corte salarial.

Mesmo que o regime emergencial já tenha se encerrado, o prazo da estabilidade, proporcional a duração da alteração contratual provisória, ainda não se esgotou. Portanto, há milhares de trabalhadores que não podem ser demitidos por um determinado período. Não bastasse, o programa deve ser prorrogado até o final do ano pelo governo federal, justamente como forma de assegurar empregos. Convém aguardar pelo encerramento do programa.

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Também há significativo impacto do auxílio emergencial, com quase R$ 300 milhões distribuídos na cidade, em atualização até o final de agosto. Ou seja, neste momento, o montante já é maior. Como houve mais prorrogações na concessão do benefício, os pagamentos continuam por meses. Também há necessidade de esperar por mais tempo para avaliar como a economia vai se comportar.