Joinville está abrindo novo espaço para investimentos industriais. A cidade mais populosa de Santa Catarina, com 655 mil moradores, e com o sexto maior número de trabalhadores na indústria no País (80,9 mil contratados), teve a regulamentação da área de expansão urbana Sul aprovada nesta semana pela Câmara de Vereadores. Com a futura lei, a região rural com 3,2 mil hectares poderá ganhar usos urbanos, com foco em investimentos industriais e logísticos, com comércios e serviços no apoio, além de limitada ocupação residencial e possibilidade de parques tecnológicos.

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A condição de ser cortada pela BR-101 e vizinha da BR-280, além de estar no traçado do futuro contorno ferroviário de Joinville e perto de áreas industriais de Araquari e Guaramirim, dá à expansão Sul a condição estratégica em mobilidade e intermodalidade. Outra vantagem será a localização próxima da zona Sul, deixando os deslocamentos de trabalhadores mais curtos. O nome em estudo para o futuro bairro a ser formado na expansão é Polo Intermodal Babitonga.

Proposta é de maior uso empresarial da expansão

O debate sobre a permissão de mais atividades econômicas na região tem em torno de duas décadas. A compra pelo governo do Estado do terreno para o campus da UFSC, no final dos anos 2000, fazia parte desse propósito (as obras foram iniciadas e logo paralisadas; a universidade está em funcionamento em parque empresarial na região Norte). A expansão foi criada há mais tempo, mas precisava de regulamentação, com definição das características de ocupação e atividades permitidas. Agora, não falta mais.

Os condomínios industriais e logísticos são o foco no maior setor em área dentro da expansão, em um dos lados da BR-101. Do outro, a liberação será para uso comercial e de serviços, com possibilidade de moradias. Para a mudança da utilização da área de rural para urbano, os empreendedores terão de pagar a outorga à prefeitura – a obrigação pode ser quitada também com a realização de obras e serviços públicos por meio de operações consorciadas.

O vereador Lucas Souza (Republicanos), relator da proposta da prefeitura na Comissão de Urbanismo, acredita que a região da expansão terá um novo perfil em até cinco anos, com a chegada dos investimentos. O parlamentar aponta mais equilíbrio com a região Norte na localização dos empregos, devido a proximidade com a zona Sul. “As pessoas vão poder trabalhar próximo das suas casas”, afirmou o vereador.

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Entre as mudanças trazidas pelo parecer do vereador, está a possibilidade de lotes menores em dois setores, com previsão de pagamento de outorga. O maior setor em extensão, mais voltado para indústria e logística, o lote mínimo é de 5 mil metros quadrados, mas pode ser reduzido até 1 mil metros com a outorga, em um exemplo. Nos demais dois setores, pode baixar de 1 mil metros quadrados para até 400.

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