A retomada da duplicação da BR-280 entre São Francisco do Sul e Araquari continua na dependência do lançamento do edital de licitação para a contratação das obras. Os trabalhos no lote 1 pararam no final de 2022 e o contrato foi rescindido neste ano. O plano do DNIT/SC é de recomeçar nos trechos onde os trabalhos foram iniciados, com o restante do lote só sendo retomado após contratação de novo projeto. A duplicação da BR-280 foi o tema de reunião na Fiesc nesta terça-feira.

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No encontro, o engenheiro Ricardo Saporiti apresentou análise sobre os 75 quilômetros em duplicação entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul. A consultoria atualizou informações sobre o andamento das obras e os impactos dos atrasos. O lote 1, com obras paralisadas, foi apontado como segmento mais “crítico” da rodovia pela avaliação: o trecho tem movimento de 50 mil veículos por dia e enfrenta ocupação “desordenada” nas margens da rodovia, principalmente em Araquari – foram exibidos mapas mostrando o avanço da urbanização nos últimos anos. O engenheiro elencou a importância da rodovia para a movimentação das cidades no entorno e para os terminais portuários de São Francisco do Sul.

A análise de Saporiti, feita a pedido da Fiesc, trouxe também informações sobre os dois lotes em andamento, na região de Guaramirim, Jaraguá do Sul e Schroeder, com detalhamento das obras realizadas até agora e o que ainda falta para a conclusão, com mapeamento dos principais desafios e dos custos envolvidos na duplicação da BR-280. Presente no encontro, o superintendente do DNIT/SC, Alysson Andrade, relatou o plano de retomada parcial do lote 1, com edital de licitação das obras em elaboração. O plano é reiniciar neste ano os trabalhos no contorno de São Francisco e no entorno do IFC de Araquari.

Já a conclusão dos trechos remanescente do segmento entre São Francisco do Sul e Araquari, com construção de ponte no canal do Linguado, ciclovia de 38 km, eventual redefinição do traçado, entre outros investimentos, vai precisar de novo projeto, ainda a ser contratado. Somente após esse trabalho, com duração prevista de dois anos, as obras poderão ser retomadas.

Ainda sobre a BR-280, o diretor-presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira, citou projeções de aumento na movimentação de cargas, com necessidade de mais investimentos em rodovias e ferrovias. O terminal vai bancar a implantação de nova faixa no acesso, em investimento de R$ 12 milhões, para desafogar a movimentação de caminhões.

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