Sintomas de refluxo e soluços refratários fizeram com que os advogados de Jair Bolsonaro (PL) solicitassem autorização para que ele possa sair de casa no próximo sábado (16). A defesa informou nesta terça (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente precisa passar por novos exames médicos. As informações são do g1 e O Globo.

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Os advogados de Bolsonaro pediram autorização ao ministro Alexandre de Moraes para que ele deixe a prisão domiciliar e passe por uma avaliação médica, que, segunda a defesa, deve durar entre seis a oito horas.

“A depender dos resultados, poderão ser indicadas complementações diagnósticas e/ou medidas terapêuticas adicionais”, escreveram os advogados.

Na tarde desta terça, Moraes autorizou o ex-presidente a realizar os exames em um hospital particular em Brasília. Ele também permitiu a visita de quatro aliados de Bolsonaro: o vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Mello Araújo (PL), o senador Rogério Marinho (PL-RN), o deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ) e o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP).

Todos os pedidos que foram apresentados por terceiros, e não pela defesa de Bolsonaro, foram rejeitados. Na lista estavam mais de 20 políticos, incluindo o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

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Coleta de sangue e urina, endoscopia e tomografia estão entre os exames que teriam sido indicados pela equipe médica que acompanha Bolsonaro. 

“A solicitação decorre do seguimento de tratamento medicamentoso em curso, da necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como da verificação das condições atuais de saúde do peticionante [Bolsonaro]”, escreveu a defesa.

Bolsonaro em prisão domiciliar

O ministro Alexandre de Moraes decretou que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar após ele descumprir restrições impostas pelo Supremo. O ministro afirmou na decisão que utilizou redes sociais de aliados, incluindo seus três filhos parlamentares, para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

Ainda que sem usar seu perfil diretamente, o ex-presidente teria burlado de forma deliberada a restrição imposta anteriormente, no entendimento de Alexandre de Moraes.

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Anteriormente, o ministro autorizou que o ex-presidente receba visita de médicos sem que seja preciso comunicar a Corte. Ainda, caso ele tenha que ser internado por problemas de saúde, terá o prazo de 24 horas a contar da entrada no hospital para informar o STF.

A equipe médica de Bolsonaro é composta por Cláudio Birolini, Leandro Santini Echenique, Erasmo Tokarski e Luciana Tokarski.

“Saliento que havendo necessidade de internação urgente do custodiado por determinação médica, o juízo deverá ser informado em até 24 (vinte e quatro) horas de sua efetivação, com a devida comprovação”, diz a decisão.

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