A inflação dos alimentos em 2022 acumulou alta de 9,40% em Santa Catarina, de acordo com o Índice de Custo de Vida (ICV), calculado pela Udesc/Esag, em Florianópolis. A principal vilã foi a cebola, que ficou 67,37% mais cara.

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O aumento de preço do grupo de alimentos e bebidas na Capital catarinense foi duas vezes maior do que a inflação geral, que fechou o ano com alta de 4,61%. No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, acumulou alta de 5,79%.

O alimento que mais subiu de preço, tanto em Santa Catarina (67,37%), quanto a nível nacional (130%) foi a cebola. Conforme Hercílio Fernandes Neto, especialista responsável por calcular o Custo de Vida de Florianópolis, o principal motivo para o aumento foram as condições climáticas desfavoráveis e a redução de áreas cultiváveis do alimento, que restringiu a oferta no mercado.

— A cebola e a batata inglesa tiveram bastante problema por questões climáticas. Falta de chuva no plantio e excesso de chuva da colheita. Isso gerou quebra de safras bastante consideráveis — explica.

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Florianópolis fecha ano com a segunda cesta básica mais cara entre as capitais

Alimentos que ficaram mais caros em SC

Todos os alimentos abaixo fecharam 2022 com inflação acumulada acima de 20%, de acordo com o ICV.

  • Cebola: 67,37%
  • Batata inglesa: 56,85%
  • Mostarda: 38,96%
  • Milho de pipoca: 30,28%
  • Queijo minas: 29,01%
  • Leite em pó instantâneo: 26,29%
  • Massa de tomate: 25,44%
  • Frango assado: 23,14%
  • Queijo ricota: 22,66%
  • Margarina: 21,4%
  • Maionese: 20,56%

Alimentos que ficaram mais baratos em SC

De acordo com o ICV, os dois alimentos que ficaram mais baratos em Santa Catarina no ano passado foram presunto (-14,04%) e laranja paulista (-13,96%). A variação de preço está ligada diretamente à lei da oferta e demanda.

— No passado recente tínhamos poucas marcas de presunto no mercado, agora você encontra várias opções. Ou seja, excesso de oferta. Então a competição é muito grande. Além disso, a carne suína, que é a base do presunto, teve uma flutuação de preço, com a restrição das exportações para fora do Brasil no ano passado —

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A diminuição de preço da laranja também foi influenciada pela grande oferta de produto. De acordo com o especialista, a safra da fruta foi muito grande, então houve excesso de produção.

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