O fechamento do espaço aéreo do Catar causado pelo conflito entre Israel, Irã e os Estados Unidos nesta segunda-feira (23) está dificultando a chegada do pai de Juliana Marins, brasileira que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no sábado (21). Segundo Manoel Marins Filho, ele quer ir para o país para poder acompanhar o resgate da filha. As informações são do g1.

Continua depois da publicidade

Em uma rede social, ele compartilhou que está, neste momento, no aeroporto de Lisboa, mas que seu voo “obrigatoriamente passa por Doha”. Por isso, ele não sabe se “será possível viajar ainda hoje pra lá”, por causa do fechamento do espaço aéreo, causado por um ataque do Irã a uma base militar dos Estados Unidos no Catar.

Mesmo sem saber se conseguirá chegar ao país, ele conta que a família continua “confiando em Deus e que ele dará uma solução pra tudo, inclusive pra nossa viagem”

— Preciso chegar lá para acompanhar o resgate, mas ainda não conseguimos porque o espaço aéreo foi fechado — disse.

“Espero voltar com minha filha viva”

Manoel já havia postado um vídeo agradecendo a ajuda diplomática concedida pela embaixada do Brasil em Jacarta e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e anunciando que iria pra a Indonésia.

Continua depois da publicidade

— Agradeço ao senhor e ao Ministério das Relações Exteriores, além da embaixada na Indonésia pelos esforços. Estou a caminho daquele país e espero voltar com minha filha viva — disse Manoel Marins Filho.

Veja a publicação do Governo Federal sobre o resgate

Tentativas de resgate

Juliana tem 26 anos e é natural de Niterói, no Rio de Janeiro. Ela fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro, com passagens pela Filipinas, Vietnã e Tailândia. No sábado, ela fazia a trilha no Rinjani com o apoio de uma empresa de turismo da Indonésia.

A irmã de Juliana, Mariana Marins, está atualizando o caso pela redes sociais e explicou que a irmã estava com um grupo de cinco pessoas e um guia. No segundo dia de trilha, Juliana avisou o guia que estava cansada para continuar. O guia, por sua vez, disse “então descansa” e, segundo Mariana, seguiu em frente com o restante do grupo.

Continua depois da publicidade

— A gente tinha recebido a informação que o guia tinha ficado com ela, que ela tinha tropeçado e caído. Não foi isso que aconteceu. […] O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana — destacou.

A família também contou que o resgate vem sendo interrompido por conta do tempo ruim na região com forte neblina e ventos intensos. Segundo Mariana, a irmã não recebeu comida e água, como havia sido divulgado anteriormente.

Veja as fotos

Como é a trilha que Juliana caiu?

A trilha que leva ao vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, é considerada uma das mais difíceis do país. A trilha tem muitas subidas, mais de 2,6 quilômetros montanha acima. A caminhada pode ser dividida em:

Continua depois da publicidade

  • Dois dias e uma noite;
  • Três dias e duas noites;
  • Quatro dias e três noites.

Leia também

Festa de São João usa câmeras de reconhecimento facial para prender foliões foragidos em SC

Irã ataca maior base americana no Oriente Médio como resposta a operação militar dos EUA