As autoridades italianas terão 48 horas para dar um encaminhamento ao processo da deputada federal Carla Zambelli, presa na Itália nesta terça-feira (29). A prisão foi confirmada pelo Ministério da Justiça. As informações são do g1.

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De acordo com a Polícia Federal, Zambelli foi levada para um delegacia italiana após ser presa pela polícia do país. Houve intensa colaboração entre as corporações do Brasil e da Itália para efetuar a prisão.

Agora, as autoridades locais terão 48 horas dar encaminhamento, entre a decisão de soltar a deputada, extraditá-la ou se ela vai para prisão domiciliar.

— A cooperação internacional foi fundamental, entre a PF e policia italiana. Foi presa há instantes e levada para uma delegacia da policia italiana. Agora, tem 48 horas para a autoridade judiciária de lá dar encaminhamento. Se vai soltar, se vai extraditar, se vai ser prisão domiciliar — disse o diretor geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, ao blog da Andreia Sadi.

O deputado italiano Angelo Bonelli, integrante do Parlamento italiano, afirmou que a parlamentar foi localizada pela polícia em um apartamento em Roma. Em um post nas redes sociais nesta segunda (28), ele informou às autoridades o endereço onde Zambelli estaria. Na publicação, Bonelli alegou que agentes já teriam feito a identificação da brasileira.

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Zambelli saiu do país após ser condenada a 10 anos de prisão

A deputada foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a denúncia, a deputada teria orientado o hacker Walter Delgatti Neto a invadir o sistema para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

No dia 3 de junho, Zambelli declarou que deixou o país para um “tratamento médico” e por ter cidadania italiana. A parlamentar saiu do Brasil pela fronteira com a Argentina e estava na Itália.

No dia 11 de junho, o Ministério da Justiça brasileiro solicitou a extradição da ex-deputada. A Corte também determinou a perda do mandato, o que ainda será analisado pela Câmara.

Em junho, ela teve o nome inserido na lista de procurados da Interpol e teve condenação mantida pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Outras investigações

Zambelli também é investigada em dois inquéritos sigilosos no STF. São eles:

  • O “inquérito das fake news”, que apura a disseminação de notícias falsas e ataques a ministros do Supremo;
  • O inquérito das milícias digitais, que investiga a suposta participação da deputada em articulações golpistas após o resultado das eleições de 2022.

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