A deputada Carla Zambelli foi presa na Itália nesta terça-feira (29), segundo o Ministério da Justiça. A parlamentar foi para a Itália em junho depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As informações são do g1.
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O deputado italiano Angelo Bonelli, integrante do Parlamento italiano, afirmou que a parlamentar foi localizada pela polícia em um apartamento em Roma. Em um post nas redes sociais nesta segunda (28), ele informou às autoridades o endereço onde Zambelli estaria. Na publicação, Bonelli alegou que agentes já teriam feito a identificação da brasileira.
“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu o parlamentar.
O Ministério da Justiça brasileiro solicitou oficialmente a extradição da deputada no dia 11 de junho. Ela era considerada foragida, com nome na lista da difusão vermelha da Interpol.
De acordo com a Polícia Federal, a deputada foi encaminhada para uma delegacia da polícia italiana. A PF tem 48h para a autoridade judicial italiana dar encaminhamento, entre a decisão de soltar a deputada, extraditá-la ou se ela vai para prisão domiciliar.
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— A cooperação internacional foi fundamental, entre a PF e policia italiana pela adidância. Foi presa há instantes e levada para uma delegacia da policia italiana. Agora, tem 48 horas para a autoridade judiciária de lá dar encaminhamento. Se vai soltar, se vai extraditar, se vai ser prisão domiciliar — disse o diretor geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, ao blog da Andreia Sadi.
Relembre o caso
A deputada foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 3 de junho, Zambelli declarou que deixou o país para um “tratamento médico” e por ter cidadania italiana.
No dia 11 de junho, o Ministério da Justiça brasileiro solicitou a extradição da ex-deputada. A Corte também determinou a perda do mandato, o que ainda será analisado pela Câmara.
A decisão do STF foi tomada após Zambelli ser acusada de invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023, em parceria com o hacker Walter Delgatti, que também está preso.
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Em junho, ela teve o nome inserido na lista de procurados da Interpol e teve condenação mantida pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
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