Um das baleias-francas que foi flagrada por um fotógrafo em Florianópolis na terça-feira (9), na região do Morro das Pedras, foi vista novamente nesta quinta (11), porém com companhia especial. O animal estava nadando junto ao seu filhote recém-nascido, que possui no máximo dois dias de vida.
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O fotógrafo Rafael Paz conta que retornou ao local nesta quinta-feira para fazer novas filmagens, e conseguiu registrar o animal ao lado do filhote. Como as imagens das três baleias adultas foram filmadas na terça, a estimativa é que o filhote tenha, no máximo, dois dias de vida.
A informação foi confirmada pelo Instituto Australis, que atua na preservação das baleias-francas, e que buscava compreender qual seria a interação entre o grupo de três baleias adultas. Isso porque uma das baleias já era conhecida e catalogada pelo Instituto, por ter aparecido ao lado de filhote em Santa Catarina nos anos de 2015 e 2021.
Pelo registo feito na terça, não se sabia se as outras duas baleias seriam fêmeas ou machos, que poderiam fazer parte de um grupo de acasalamento.
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— Para nossa alegria, o Rafael conseguiu filmar de novo essas baleias e uma delas está com filhote. Esse filhote tem no máximo dois dias de vida, é muito pequenininho, e consequentemente nosso grupo têm pelo menos duas fêmeas — explicou a diretora de Pesquisa do Instituto Australis, Karina Groch.
Veja vídeo da baleia com o filhote
Segundo registro de baleias-francas
Ainda na terça-feira o fotógrafo Rafael Paz fez um registro raro: um trio de baleias-francas-austrais adultas, nadando lado a lado em uma praia de Florianópolis.
Rafael conta que recebeu informações de que uma baleia estaria próxima do Morro das Pedras, e assim que colocou o drone no ar, viu que eram duas baleias, e que uma terceira estava um pouco mais distante.
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— Eu comecei a filmar essas duas, deu uns dois, três minutos, a terceira se aproximou, e elas começaram a nadar juntas. Então foi uma surpresa, porque eu nunca tinha visto aqui em Floripa, três nadando juntas — relembra.
Foi a primeira vez que Rafael registrou três baleias juntas na região. Ele conta que, em outros momentos, filmou bebês com as mães, ou baleias sozinhas, mas nunca três delas lado a lado.
Baleia-franca: a ilustre visitante do litoral de Santa Catarina
— Foi incrível, eu entrei em êxtase, até a hora de chegar em casa e editar o vídeo para postar eu estava muito feliz por ter conseguido registrar, porque isso é bem raro de acontecer aqui. Aqui geralmente elas vêm ou para ter os seus bebês, ou para encontrar algum par para acasalamento, mas três juntas, nadando assim, foi a primeira vez. Foi uma surpresa muito grande — afirma o fotógrafo.
Jules Souto, oceanógrafo e curador do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) explica que as baleias-francas costumam formar grupos, geralmente com uma fêmea mais velha e outras mais jovens, mas às vezes com um macho jovem, sendo que os machos costumam ficar mais solitários. Na fase adulta, as baleias chegam a ter de 14 a 16 metros de comprimento.
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Baleias-francas escolhem SC para nascimento de fihotes
A diretora de Pesquisa do Instituto Australis, Karina Groch, explica que as baleias costumam chegar na costa catarinense grávidas para o nascimento dos filhotes.
— Nos últimos anos temos registrados poucos grupos sociais ou grupos de acasalamento, que são quando baleias adultas interagem e não estão acompanhadas de filhote — afirma.
Após o registro das três baleias, na terça, Karina comentou que uma delas foi identificada como uma “velha conhecida” dos pesquisadores. Isso porque já esteve no litoral catarinense em 2015 e 2021, e teve dois filhotes por aqui. A diretora do Instituto levantou a hipótese de que ela poderia estar grávida novamente, ou somente interagindo com as outras duas, e que esse seria um grupo de acasalamento.
— A avistagem desses grupos sociais ou grupos de acasalamento pode representar uma maior quantidade de baleias vindo para o nosso litoral ou resultado positivo com relação à conservação desse ambiente e a proteção dessa espécie aqui no nosso litoral — destacou Karina.
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