A de Blumenau pode até ser mais famosa, mas a Oktoberfest no Brasil nasceu mesmo bem longe do município do Vale do Itajaí: foi em Itapiranga, no Oeste catarinense, mais especificamente na comunidade da Linha Presidente Becker, a mais de 600 quilômetros de Blumenau.

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Esse ano, a festa em Itapiranga chega à 46ª edição, em duas etapas: a primeira, que vai até dia 19 de outubro, na Linha Presidente Becker, e a partir desta sexta (10) até dia 20, no Complexo Oktober.

Como nasceu a Oktoberfest em Itapiranga

O ano era 1978, quando um grupo de amigos da Linha Presidente Becker decidiu se reunir para criar a própria Oktoberfest. A festança já era tradição na Alemanha: em Munique, a festa nasceu por volta de 1810, como uma celebração de um casamento real. A festividade na rua ficou famosa, e ano após ano ganhava destaque nas comemorações anuais.

Em Itapiranga, os amigos se inspiraram nos relatos de Leopoldo Wolhfart, que já conhecia a festa de Munique. Wiho Prost e seus amigos organizaram por lá a própria festa, que começou com um desfile de um trator enfeitado com folhas de coqueiro e flores. À noite, a luz foi improvisada com a bateria do trator, e a festa continuou num potreiro.

Para alimentar os festeiros, galeto assado. A cerveja era a bebida da noite. Os registros foram feitos por Lauro Egewarth, que havia trazido uma máquina fotográfica da Suíça.

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Os fundadores da primeira Oktoberfest do Brasil são nomes conhecidos na cidade: Wiho Prost, Léo Wolhfart e Bernardo Frederico Scholz. Outros nomes também participaram: Eugênio Egewarth, Bruno Kreuzberg, Antonio Gluitz, Lauro Egewarth, Lourenço Roque Gluitz, Zeno Schmitz, Ari Michels, Marcos Schwaab, João Rausch, Selésio Schmitz, Neri De Almeida, Herman Scholz e Alberto Kollman.

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