Quem passou pela Feira do Livro de Joinville nesta terça-feira (3) se deparou com contação de histórias infantis no palco. Tino Freitas, autor com mais de 40 livros publicados, foi a estrela da atração. Nos próximos dias, o escritor conhecido nacionalmente sobe ao palco novamente para encantar os pequenos com suas histórias. O evento segue até 8 de junho com entrada gratuita.
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Natural de Fortaleza, Tino é escritor, músico, jornalista e mediador de leituras. O humor e a crítica social são características marcantes de suas obras. Com mais de 40 livros publicados, o escritor tem uma carreira consolidada na literatura nacional.
Veja fotos de Tino Freitas no evento
Alguns dos seus títulos receberam prêmios como o Jabuti, o Selo Altamente Recomendável para Crianças, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJl), além de integrarem seleções de destaque nacional e internacional.
Em entrevista à CBN Joinville, Tino Freitas celebrou a participação em mais um ano da Feira do Livro de Joinville, compartilhou seu processo criativo e ainda revelou qual de suas obras é a sua favorita. Confira abaixo:
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Durante a Feira do Livro de Joinville você participa de várias contações de histórias. Como é essa experiência de estar tão próximo do público que gosta e te acompanha tanto?
Eu já vim aqui na Feira do Livro algumas outras vezes nesses 21 anos e ela, de fato, é um tanto disso que você falou. Nós recebemos os leitores para um um bate-papo, uma conversa, para contar histórias. Não foi diferente nesse primeiro encontro e ainda teremos outros durante a feira. As escolas, as crianças vêm, já leem um pouco da sua obra, tem uma participação no coletivo, as crianças recebem também alguns livros dos autores convidados. Isso torna esse evento em algo que você não vem somente para estar ali como uma presença, você vem para participar com a gente, estar junto com esse público e, no meu caso, com crianças e professores das escolas.
Tino, você tem mais de 40 obras publicadas. Como funciona seu processo criativo para sempre inovar, trazer histórias novas e continuar mantendo esse seu público alvo?
Eu acho que a gente tem que estar sempre atento ao mundo, ao que acontece. Eu já disse isso recentemente, tem alguns livros que fiz e que partiram de notícias que eu ouvi na rádio. Eu tenho o hábito de dirigir ouvindo a rádio, ouvindo notícias. Então, eu tenho um livro chamado “Uniforme”, que a provocação do livro foi uma notícia da rádio. Eu tenho um livro chamado “Os Invisíveis”, que o “start” da ideia também foi isso. Eu acho que para escrever uma boa história, a gente precisa saber do que está se passando, do que acontece ao redor, para que esteja ao alcance do olhar do nosso leitor contemporâneo também. Durante o processo criativo tudo vira ideia e temos que ter a noção, a percepção, do que é que pode de fato emocionar o outro.
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Porque inicialmente pensamos naquilo que nos emociona, aquilo que mexe com a gente como ser humano, como cidadão, mas tenho que pensar que eu vou escrever para um público muito mais amplo.
Entre os seus 40 livros publicados, tem algum que tenha um detalhe especial e que seu coração sinta ser o favorito?
O favorito eu sempre gosto de dizer que tem a ver com o leitor, mas eu tenho o meu livro favorito, o primeiro livro, chamado “Cadê o juízo do menino?”. É um livro que eu escrevi e a Mariana Massarani ilustrou. É uma história, não por achar que é melhor do que os outros, mas como ele foi o primeiro e eu queria só publicar um livro e ponto, ia seguir fazendo outras coisas, que eu fui surpreendido com as crianças gostando. Foi a primeira vez que dei um autógrafo, a primeira vez que um livro meu ganhou um prêmio, a primeira vez que eu fui a uma escola encontrar com as crianças. Essas primeiras vezes que aconteceram com “Cadê o juízo do menino?”, acabou me trazendo esse carinho maior para esse livro. Mas cada livro tem um jeito diferente de tocar o leitor. Isso é que é a magia desse trabalho que a gente faz. (…) O trabalho do escritor depende de muita gente. Nós não fazemos um livro sozinho e a ideia é que você não se aposenta de uma forma tradicional, você sempre está ali enquanto tiver saúde para pensar novas ideias.
Saiba as atrações da Feira do Livro
Ainda nesta terça-feira (3), O destaque da sétima noite do evento é o bate-papo com Rodrigo Bibo, às 19h30min, autor de “O Deus que destrói sonhos”, um dos livros mais vendidos em 2024. Mais cedo, o palco do evento recebe contação de história, palestra e seminário.
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Na quarta-feira (4), o evento conta com atrações imperdíveis. Pela manhã, às 9h, acontece um encontro com o escritor Everson Bertucci. Junto com Leo Cunha e Warley Goulart, Tino Freitas sobe ao palco do teatro para uma Homenagem a Marina Colasanti. Ao longo do dia, o público poderá prestigiar outras atrações. A programação completa pode ser conferida no site do evento.
*Sob supervisão de Leandro Ferreira
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