O 3I/Atlas, cometa que vem de outro Sistema Solar e que virou objeto de estudo e observação constante da NASA, poderá ser observado em Santa Catarina a partir do final de novembro. Segundo Daniel Ruschel Dutra, professor do departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), será necessário usar equipamentos para ver o objeto, visto que ele não será visível a olho nu.

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O cometa foi descoberto em julho de 2025 por uma campanha astronômica chamada ATLAS, voltada à detecção de asteroides e cometas. O Observatório Nacional (ON) explicou que o objeto não representa nenhuma ameaça à Terra e permanecerá distante. O mais próximo que ele se aproximará do planeta é cerca 270 milhões de quilômetros.

Por isso, apenas pessoas “bem equipadas” poderão observar o cometa em Santa Catarina a partir do final de novembro, explica o professor da UFSC. O melhor horário será logo antes do nascer do sol.

— Hoje, por exemplo, ele [o sol] nasceu às 4h30min, quando o céu já está começando a ficar iluminado. É possível observar de qualquer região da Terra que consiga ver o nascer do Sol nessa época do ano, ou seja, praticamente todo o globo com exceção do Círculo Polar Ártico — esclarece Daniel.

Veja as fotos do cometa 3I/Atlas

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O que se sabe sobre o cometa 3I/Atlas

Descoberto em julho por um observatório nos Estados Unidos, o cometa 3I/Atlas é apenas o terceiro objeto interestelar já monitorado. As características e comportamentos incomuns, aliados à falta de informação e interpretações equivocadas de documentos e comunicados de agências como a NASA, levantaram uma série de teorias conspiratórias a respeito do visitante espacial.

A trajetória hiperbólica revelou que o cometa não está ligado gravitacionalmente ao nosso Sistema Solar, o que também comprova se tratar de um objeto interestelar. Passeando pela nossa vizinha a uma velocidade aproximada de 210 mil km/h, o 3I/Atlas pode ter origens no Universo Primitivo e ser, inclusive, mais antigo do que o nosso Sol — estudos indicam que o cometa tem, aproximadamente, 7 bilhões de anos.