
Fique atento
Vídeos que circulam na internet mostram a aplicação de seringas vazias e os casos se tornaram virais pelas redes sociais
Porém, quando se trata de Covid-19 e crise na saúde pública, podemos enfrentar mais uma onda grande contágio. O primeiro grupo de pessoas que envolvem a comunidade médica dos prontos socorros e hospitais, e os mais idosos, já estão recebendo a primeira dose da vacina. Vídeos que circulam na internet mostram a aplicação de seringas vazias e os casos se tornaram virais pelas redes sociais como sendo de "vacina de vento".
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Mesmo a diferentes compassos e ritmos entre os municípios do Brasil, a vacinação contra Covid segue aconecendo no país, apesar destes casos. Em algumas cidades até, como o caso do Rio de Janeiro, que já se esgotaram os primeiros lotes, a vacinação foi supensa por prazo indeterminado. Agora, como você pode ter certeza que foi vacinado? Confira a seguir mais sobre estes casos e veja dicas para garantir a imunização.
Afinal, enquanto pensamos em quantos milhões ainda podem ser afetados pelo Covid-19, também pensamos em como sair desta pandemia. Por isso, a vacinação é uma ferramenta importante para salvar vidas e a uma das únicas que pode garantir o fim da pandemia.
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Justamente no Rio de Janeiro, com todos os maiores problemas de contágios e mortes, que superaram a maior cidade do país, São Paulo, que foi divulgado pelos jornais locais e redes sociais, o episódio dos últimos dias da vacina fake, isto é, seringa vazia ou "vacina de vento".
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O fato ocorreu no Hospital Alcides Carneiro, de Petrópolis/RJ onde vídeos e fotos mostram uma injeção sendo aplicada em uma senhora de idade, mas com a seringa totalmente vazia. Estas imagens, condizentes com a indignação nas redes sociais da vacina de vento, acabaram viralizando e se tornou motivo de inquérito judicial.
Isto também levantou outras questões. Um ponto de interrogação em relação à vacinação em si orientada técnicos profissionais da área médica. Apesar de ter sido, até o momento, alguns casos isolados, isso causou uma enorma repercussão onde estas questões de insegurança começaram a ser levantadas.
Será que foram apenas poucos casos isolados? Muitas outras pessoas também receberam a vacina de vento? Por que foi aplicada desta forma? Descuido ou foi intencional?
Para todos os efeitos, também através das redes sociais, circulam pontos críticos como a suspeita do "tráfico" de vacina, isto é, as doses que não são aplicadas, podem estar sendo negociadas no mercado ilegal.
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O caso específico fluminense está sendo investigado diretamente pela polícia civil de Petrópolis, do por quê a senhora idosa, com mais de 90 anos, teria sido vítima de uma vacina de vento. Depois deste caso, a prefeitura de Petrópolis alterou o protocolo de vacinação e toda a equipe técnica da campanha, está sendo orientada a apresentar para o paciente, antes, a seringa com a dose.
Neste caso, já se discute o tipo de punição, mediante aplicação de um canal de denúncia, via WhatsApp para todos os casos de irregularidades.
Mas, na verdade, a polícia está investigando mais outras três denúncias de irregularidade da vacina de vento, também no Rio de Janeiro, no caso, a capital e Niterói. E eles só apareceram porque foram registrados pelos familiares e divulgados nas redes sociais.
Essa repercussão pode até desestimular as pessoas mais idosas a deixar de se vacinar. Houve até pessoas que estão retornando aos postos para aplicação novamente.
Do caso mais famoso da senhora de 94 anos em Petrópolis, a profissional da saúde, já foi convocada a esclarecer mais informações na delegacia da cidade e preferiu não comentar nada à imprensa.
Vereadores de alguns desses municípios também estão tentando implementar uma CPI, que busque por respostas sobre os gastos superfaturados com a vacinação, furos na lista de pessoas a serem vacinadas, falta de licitações e de planejamento de combate à covid, além dos casos de vacina fake.
A Secretaria de Saúde do Rio mudou o protocolo de vacinação no sistema drive thru, depois da repercussão negativa de mais um caso da ‘vacina de vento’.
Para saber se a vacina foi mesmo aplicada, a pessoa e seus familiares, devem antes de tudo, prestar muita atenção nas fases da aplicação. Apresentamos a sequência obedecida pelo protocolo operacional padrão, sobre o manuseio adequado da vacinação contra Covid para você ficar atento:
• O profissional é obrigado a exibir a caixa de doses;
• A preparação do frasco deve ser mostrada ao paciente;
• Deve ser feita a apresentação da dose dentro da seringa, observando o conteúdo interno do frasco;
• Aplicador deve mostrar a seringa já vazia;
• O descarte da seringa deve ser feito na frente do vacinado.
Com estas obervações atentas, minimiza-se de forma considerável a chance de ser vítima de uma "vacina de vento". Lembre-se que a caixa da vacina deve estar sempre lacrada, bem como o frasco da dose, também etiquetado.
Em qualquer caso de dúvida, a pessoa deve buscar contato com o responsável se questionar o comportamento estranho do profissional de saúde, podendo até, rejeitar a injeção.
No caso, deve-se sempre prestar atenção no momento exato da aplicação da "vacina de vento", e não depois que foi introjetada no braço. Isso porque, caso for falsa, é praticamente impossível saber se a dose foi usada. Na verdade, exigir uma nova aplicação não faz parte do protocolo, por medidas médicas.
Depois destas denúncias que apareceram no estado do Rio de Janeiro, muitas pessoas passaram a registrar todo o processo de vacinação para o fim de garantir a eficiência dos protocolos - desde que não apareça o rosto do profissional da saúde. Estes registros são importantes para o caso de haver qualquer verificação jurídica posterior.
Filmar a imunização é permitido, porém, de acordo com a proteção de direito de imagem, a pessoa que aplica não pode ser mostrada.
Fique sempre atento aos procedimentos, eles são importantes para garantir uma etapa que deve ser cumprida por todos nós, sociedade, profissionais da saúde e órgãos executivos.
O NSC Total conversou com quatro especialistas da área para tirar as suas dúvidas sobre a vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina; confira.
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