A base aérea de Al Udeid, no Catar, alvo de ataques nesta segunda-feira (23) pelo Irã em gesto entendido como retaliação ao ataque dos Estados Unidos a usinas nucleares iranianas, é a maior instalação militar norte-americana no Oriente Médio.
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A base aérea funciona como um quartel-general avançado do Comando Central dos Estados Unidos no Oriente Médio. Segundo informações do jornal O Globo, o ataque desta segunda-feira foi transmitido pela televisão estatal da República Islâmica e anunciado como uma “resposta poderosa e bem-sucedida” do Irã ao ataque dos Estados Unidos. Os ataques teriam ocorrido com ao menos seis mísseis, de curto e médio alcances. Não houve registro de vítimas. Nenhuma outra base além de Al Udeid foi atacada.
Veja fotos da base aérea dos EUA alvo do Irã
O jornal norte-americano The New York Times informou que o Irã teria avisado o Catar e os Estados Unidos que atacaria uma base americana no Catar nesta segunda-feira. Antes do ataque, o Catar chegou a fechar o espaço aéreo e informou que interceptou todos os mísseis. A embaixada dos Estados Unidos pediu que os americanos no país ficassem em local seguro. O “aviso prévio” seria uma estratégia para sacramentar uma resposta ao ataque americano do último sábado, mas evitar uma escalada no confronto, preservando o caminho de uma saída diplomática para o conflito.
O próprio presidente Donald Trump ironizou o aviso do Irã antes do ataque e disse que a resposta iraniana “foi fraca”. Segundo o presidente norte-americano, teriam sido disparados 14 mísseis, dos quais 13 foram interceptados e um teria sido “liberado” por estar em “direção não ameaçadora”.
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A base aérea de Al Udeid foi utilizada pelo país em operações anteriores no Iraque, Síria e Afeganistão. Em maio, o presidente Donald Trump visitou a unidade durante viagem ao Oriente Médio. Al Udeid também foi o principal ponto de fuga para milhares de afegãos e americanos após a saída do Exército dos Estados Unidos do Afeganistão, em 2021, que resultou na volta dos talibãs ao poder no país.
Após os ataques de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos posicionaram aviões nesta base aérea para direcionar ataques ao Talibã e à al-Qaeda no Afeganistão.
Nos últimos dias, os Estados Unidos tinham retirado aeronaves das pistas da base aérea. A informação teria levantado suspeitas de que a remoção seria para proteção contra eventuais ataques do Irã, caso houvesse uma ofensiva norte-americana no conflito – o que se confirmou na noite do último sábado (21). A base aérea já estava em estado de alerta há dias, com a possibilidade de retaliações do governo iraniano.
Cerca de 10 mil funcionários americanos, entre civis e militares, atuam na base aérea do Catar. Militares britânicos também utilizam o espaço de forma rotativa.
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