A arritmia cardíaca, ou batimento cardíaco incomum, é causada por uma centena de fatores. Os principais motivos incluem doenças cardíacas, anomalias congênitas, consumo de drogas, estresse e ansiedade. 

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Mas como é possível diferenciar a arritmia que vem de um problema físico da que possui causas emocionais?

Para responder a essa pergunta, primeiro é preciso definir a chamada arritmia emocional – um termo popular e não necessariamente um diagnóstico médico formal.

Arritmia provocada por emoções

Ao contrário da arritmia ligada a problemas cardíacos, a arritmia emocional pode acontecer com qualquer pessoa com o coração saudável.

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“Durante as emoções, nós liberamos adrenalina e noradrenalina, substâncias que atuam diretamente no coração”, explica José Carlos Pachón, diretor do Serviço de Eletrofisiologia, Marcapasso e Arritmias do Hcor.

De acordo com o cardiologista, essas substâncias podem provocar taquicardia (ritmo mais acelerado) ou extrassístoles (um tipo de arritmia que provoca “tropeços” no batimento).

Todas elas podem ser geradas por emoções fortes, como medo, raiva, angústia, ansiedade ou até mesmo alegria.

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Como eu sei que não está relacionada a uma doença?

É muito difícil diferenciar uma arritmia benigna de uma maligna simplesmente pelos sintomas, já que as duas podem causar crises parecidas.

Outro empecilho é que emoções fortes podem ser um gatilho para doenças cardiológicas pré-existentes.

Segundo Pachón, a melhor forma de identificar a raiz do problema é fazer uma avaliação cardiológica. 

“O cardiologista vai fazer exames simples, como o ecocardiograma e o eletrocardiograma [eles duram menos de uma hora]. Já o holter de 24 horas vai monitorar o ritmo cardíaco durante um dia inteiro e durante o sono”, explica o médico.

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“Eles são exames não invasivos, muito tranquilos de serem feitos e que dão informações importantes”, finaliza.

O que fazer durante uma crise de arritmia emocional?

Apesar de geralmente ser benigna, a arritmia emocional pode provocar um grande medo e desconforto. 

Se você experimentar uma crise parecida – e já tiver passado por uma avaliação que desconsiderou um problema cardíaco –, o primeiro passo é tentar se acalmar

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“Recostar o corpo, deitar-se, respirar de maneira pausada, às vezes fazer manobras respiratórias como inspiração profunda; muitas vezes, isso reverte a crise de arritmia” explica o diretor do Serviço de Arritmias do Hcor.

No entanto, se os sintomas forem intensos, ou se a arritmia não passa depois de alguns minutos, o médico recomenda procurar um pronto-socorro imediatamente.

Por Vitoria Estrela

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