Dança de rua e Festival de Dança de Joinville estão conectados com as coreografias e o palco. O evento, inclusive, foi fundamental para a consolidação e explosão de estilo em todo país. Neste ano, as atrações urbanas estão previstas para os dias 18, 23 e 25 de julho.

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Marcelo Cirino Oliveira, coreógrafo do grupo Dança de Rua do Brasil, fundado nos anos 90, estará na edição deste ano. Ele conta que começou cantando rap, dançando em praças e estacionamentos de Santos (SP), até que juntou a prática com o conhecimento acadêmico da arte dos passos. 

Fotos do grupo Dança de Rua do Brasil


A primeira apresentação do grupo foi em 1991. Dois anos depois, o Dança de Rua do Brasil estreava em Joinville, juntando elementos urbanos em uma “coreografia diferenciada”, como ele classifica. O sucesso foi certeiro.

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— Conseguimos ganhar a plateia. Fomos ovacionados pelo público e mídia — destaca.

Para ele, o Festival de Dança de Joinville foi imprescindível para a dança de rua, sendo uma vitrine para a modalidade para diversos grupos. 

— É uma vitrine, valoriza os dançarinos que não tinham a oportunidade de se mostrar. O pessoal da periferia não tinha condição de ir, então Joinville abriu as portas pro street dance. Só de estar no festival já é uma vitória, conquistar uma classificação mais ainda — pontua.

Atualmente, para além do festival, Marcelo analisa que a dança de rua está mais performática, fazendo sucesso em eventos de flashback que estão na moda.

“Vem carregada de emoção”, diz coreógrafo sobre dança de rua

O coreógrafo Marcelo Cirino que a dança de rua é alegria e identidade, sendo uma forma de expressão e comunicação. 

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— A gente procura colocar na dança de rua as coisas que a gente vive. Ela vem carregada de emoção, de alegria e sentimentos. Hoje em dia estamos nos quatro cantos do mundo — celebra. 

Fotos da última edição do Festival de Dança de Joinville

Entretanto, ele lamenta que parte das pessoas exageram nas críticas, o que pode desmotivar dançarinos e ir na contramão da ideia da dança de rua, que é exaltar a naturalidade e passos espontâneos.  

— Perde esse brilho. Não entendem que desmerecer um talento que vem da periferia acaba inibindo em vez de incentivar. Quem sabe mais, faz melhor. Mas tem que ensinar, mostrar o caminho. Pessoas querendo apontar o dedo e quando começou não era assim. Era um ‘ vamos para cima, vamos dançar e interpretar a música’ — desabafa. 

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Promessa de um trabalho impactante

Subir no palco e sintetizar quatro décadas de história em 50 minutos. Esse será o objetivo do grupo Dança de Rua do Brasil no Festival de Dança de Joinville. Marcelo promete um trabalho impactante no palco. 

— Muita dança de rua ‘raiz’, que é o que eu gosto de trabalhar. Vai ter muito trabalho, a gente vai colocar na coreografia o ‘alma e essência’, que ganharam o festival em 1993 e 1994 — finaliza.

A 41ª edição do Festival Dança ocorre entre os dias 15 e 27 de julho. A festa, uma das mais tradicionais da cidade, reúne grupos e dançarinos de diversas partes do Brasil e do mundo, em palcos espalhados por diversas regiões do município. A maior parte das atrações aconteceram no Centreventos Cau Hansen. Em 2023 o evento teve recorde de público participante.

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