O câncer de mama é uma doença que acontece quando há uma multiplicação de células anormais na mama, formando um tumor. Existem vários tipos de câncer de mama e que se desenvolvem em diferentes velocidades.

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Quando diagnosticados no início, a maioria dos casos de câncer de mama tem boa resposta ao tratamento. Mas, muitas vezes, tratar o corpo não é o único desafio a ser superado, já que a mente também pode adoecer neste processo.

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Infelizmente, o câncer muitas vezes ainda é um tabu, o que leva muitas pessoas a verem a doença como incurável ou inevitável. Por medo, evitam falar sobre o tema e, ao fugir do assunto, muitas vezes acabam atrasando o diagnóstico.

No entanto, é preciso discutir o tema e trazer informações que não estigmatizam a doença, mas que reforçam que o câncer pode ser curado e que o diagnóstico precoce é um ponto muito importante do processo.

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A médica oncologista Isabel Paulo Goulart, do Centro Especializado de Oncologia de Florianópolis (CEOF), explica que os tratamentos disponíveis para vários tipos de câncer, inclusive o câncer de mama, vêm evoluindo muito nos últimos anos.

— Atualmente, dispomos de ferramentas eficazes em diagnosticar precocemente a doença e alcançar a cura na maioria dos casos. Ainda assim, quando o câncer de mama já encontra-se em um estágio mais avançado, os tratamentos disponíveis nos dias de hoje permitem que as mulheres tenham qualidade de vida e por muito mais tempo — explica.

Feminilidade e autoestima

Além dos estigmas acerca do câncer no geral, o diagnóstico de câncer de mama também pode acarretar em ansiedade, gerados pela forma que a mulher se relaciona com o seu corpo.

Para boa parte das mulheres, a mama é mais que uma simples glândula com função reprodutiva. Na nossa sociedade, os seios adquiriram um valor simbólico de fertilidade (devido a amamentação), feminilidade, sexualidade e sensualidade.

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Além da ansiedade gerada pela incerteza de recuperação e da agressividade do tratamento para câncer de mama, durante este difícil processo, outros fatores também afetam diretamente a saúde mental das mulheres, como o medo da mastectomia, cirurgia de remoção da mama.

A perda dos cabelos, devido a quimioterapia, também afeta a autoestima da mulher, já que estes são geralmente muito valorizados. Outra queixa frequente nos consultórios é a perda ou redução da libido durante o tratamento, devido ao uso de fortes medicações.

Isabel comenta que é comum que muitas mulheres, quando recebem a notícia que estão com câncer de mama, levam um choque.

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— No consultório, podemos observar que após este susto inicial, medo de não se curarem, muitas pacientes se fragilizam devido às consequências do tratamento — afirma.

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Para ela, o mais importante é mostrar que os obstáculos enfrentados serão superados, e que as perdas são passageiras.

— A mama pode ser reconstituída e ficar linda, os cabelos logo voltam a crescer, entre outras questões que tendem a normalizarem-se — completa a oncologista.

Ter o apoio de pessoas próximas e contar com um bom profissional são fatores fundamentais para que o cenário se torne menos doloroso e que afetam diretamente o sucesso do tratamento. Isabel afirma que as pacientes que têm o amparo e o otimismo familiar se sentem muito mais confiantes e motivadas para realizar todas as etapas do tratamento.

A médica explica que além do apoio e carinho da família e do contato frequente com amigos mais próximos, conversar e trocar experiência com outras mulheres que estão passando ou passaram por situação semelhante pode ajudar a entender melhor todo o processo.

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Manter uma atividade física regular também é uma importante estratégia, pois melhora muito a tolerabilidade dos efeitos adversos e deixa a paciente mais disposta e feliz.

— A realização de outras atividades integrativas à medicina também auxiliam a manter o corpo e a mente mais sãos, como a yoga, o pilates e o reiki — recomenda a oncologista.

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