Debate na Globo terá estratégias específicas dos principais candidatos à Presidência da República; confira

O último debate das eleições entre os candidatos à Presidência da República do 1º turno será transmitido na noite desta quinta-feira pela TV Globo, logo após a novela Pantanal. Para os coordenadores de campanha, a preparação para o programa tem ganhado importância, além de ser a última aposta para garantir uma mudança no atual cenário eleitoral. 

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Entre os principais nomes que disputam a Presidência, o foco será conquistar o eleitor que segue indeciso na escolha para o próximo domingo (2). Além disso, os candidatos também preparam respostas para possíveis ataques que podem ocorrer por parte dos adversários ao longo do confronto. 

O debate na TV Globo terá quatro blocos e será mediado pelo apresentador do Jornal Nacional William Bonner. 

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Vão participar os candidatos de partidos, federações ou coligações que tenham no mínimo cinco parlamentares no Congresso Nacional e sem impedimento na Justiça — seja comum ou eleitoral —, conforme determina a legislação eleitoral. São eles: Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Ávila (Novo), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

Confira as estratégias dos principais candidatos: 

Lula (PT) 

De acordo com a campanha do ex-presidente Lula (PT), o debate é visto como a oportunidade de atrair votos úteis para que o candidato vença ainda no primeiro turno. Ele, inclusive, reservou dois dias para se preparar para o evento desta quinta-feira (29) e estudar temas que devem aparecer entre as perguntas, como corrupção. 

As críticas em relação ao debate realizado em agosto, na Band, inclusive, foram levadas em consideração para a preparação do candidato, segundo membros da campanha. 

Além disso, a estratégia é de que o petista seja incisivo em resposta aos ataques que possa receber ao longo do programa. Outro ponto é mostrar ao eleitor um perfil de pessoa agregadora, que defende um pacto contra a fome e a reunificação do país. 

Por fim, o ex-presidente também deve apontar questões envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, principal adversário na corrida eleitoral, como os decretos de sigilo impostos pelo governo atual e as intervenções em investigações. 

​Quem são os candidatos a presidente nas Eleições 2022

Jair Bolsonaro (PL) 

Com a campanha pressionada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve apostar na mesma estratégia que tem seguido nos últimos debates: explorar a pauta da corrupção. O objetivo é tentar conter o avanço do chamado “voto útil” a favor do petista. Por conta disso, aliados de Bolsonaro veem no debate da Globo a última chance de causar estrago na imagem de Lula. 

Assim como o adversário, Bolsonaro também tirou o dia para se preparar para o confronto. Ele deve apostar em um discurso voltado aos mais pobres, com ênfase na ampliação do Auxílio Brasil. 

Outra preocupação de aliados é de que Bolsonaro possa subir o tom dos ataques ou, então, mire em jornalistas, o que poderia impactar negativamente na reta final. 

Por fim, o presidente deve apostar em uma “dobradinha” com Padre Kelmon, candidato do PTB, que levantou temas favoráveis para Bolsonaro, além de elogiá-lo no último confronto. Ele também deve servir como “escada” para os ataques contra o ex-presidente Lula. 

Ciro Gomes (PDT) 

A campanha de Ciro Gomes (PDT) vê no programa da TV Globo como a última chance para tentar superar os dois dígitos das intenções de voto. O foco do candidato será apostar em propostas às pessoas mais pobres, como a implementação de uma renda mínima de R$ 1 mil e a exclusão dos brasileiros endividados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e do Serasa. 

Por fim, Ciro também deve manter os ataques contra Bolsonaro e Lula. 

Simone Tebet (MDB) 

Já Simone Tebet (MDB) deve manter durante o debate o mesmo tom que tem adotado em programas anteriores. Segundo membros da campanha, ela deve estudar os 17 temas que devem ser abordados no confronto desta quinta-feira. 

Conforme aliados, Simone deve focar em temas ligados a educação e atenção à primeira infância. Outro tema que ela deve reiterar durante a participação é o compromisso com uma âncora fiscal, como o teto de gastos. Por fim, ela deve se apresentar como uma alterativa contrária a polarização entre Lula e Bolsonaro. 

*Com informações de Folhapress e Jornal O Globo

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