Dona Ruth, mãe de Marília Mendonça, falou sobre as polêmicas que esteve envolvida nas últimas semanas. Em entrevista ao Fantástico na noite deste domingo (13), ela relatou que vai brigar pela guarda de Leo (filho da sertaneja com Murilo Huff), negou as acusações de alienação parental e falou sobre a polêmica envolvendo parentes das vítimas do acidente aéreo que matou a cantora em novembro de 2021. 

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Ao ser questionada, Dona Ruth negou que houve uma quebra na relação com Murilo por parte dela e afirmou que “sempre teve uma relação de respeito” com o pai de Leo. Segundo ela, a perda da guarda do neto foi como “reviver” o luto da filha. 

— Ele sempre conviveu com a família lá. E ele ama o pai dele. Então, eu sempre quis que ele convivesse. A gente vivia no respeito. Havia uma convivência. Até ele [Murilo] ir lá e pedir a guarda — conta. 

Contudo, o advogado de Dona Ruth afirmou que o desentendimento entre os dois começou durante uma apresentação do Dia das Mães, quando a presença de Murilo deixou a mãe da sertaneja desconfortável, gerando discussões. O marido da avó teria confirmado em audiência que a relação entre os dois é “muito ruim, não havendo diálogo”.

Disputa pela guarda de filho de Marília Mendonça

Alienação parental e negligência médica

Na sentença que deu a Murilo a guarda provisória de Leo, o juiz mencionou “indícios de alienação parental”, que ocorre quando um dos responsáveis interfere negativamente no relacionamento da criança com o outro genitor, buscando afastar ou prejudicar o vínculo afetivo. Dona Ruth nega a acusação. 

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A mãe da sertaneja também negou que houve “negligência médica” durante os cuidados de Leo, como mencionou a decisão judicial. Isso porque o menino de 5 anos é portador de diabetes mellitus tipo 1, uma condição crônica que exige vigilância rigorosa, aplicação diária de insulina e alimentação controlada. 

Provas documentais, como áudios e mensagens trocadas entre as babás, revelariam que Dona Ruth “frequentemente omite informações médicas essenciais ao genitor, impede o envio de relatórios e laudos clínicos, instrui que se escondem medicamentos, laudos e sintomas”. 

Segundo Dona Ruth, o cuidado de Leo é feito em conjunto com a médica endocrinologista do neto e que Murilo “sempre soube de tudo que acontecia em relação à saúde do menino”, negando qualquer omissão.

Dona Ruth irá recorrer 

A defesa de Dona Ruth informou que irá recorrer da decisão liminar que concedeu a guarda a Murilo Huff, alegando que ela “fere diretamente o interesse maior, que é do menor”. Ela acredita que a situação “vai ficar tudo bem” e será resolvida “do jeito que ele pediu”.

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Em nota, o cantor afirmou que “nunca impediu e não impedirá a convivência da avó materna”, que respeitará o segredo de Justiça e que tentou um acordo amigável antes do processo e que foi ignorado. Ele garante que a rotina da criança não foi impactada, pois o filho “sempre conviveu diariamente com o pai”. 

Polêmica envolvendo seguro do acidente 

Além da guarda de Leo, Dona Ruth também foi o centro da polêmica envolvendo a divisão de uma indenização de US$ 2 milhões referente ao acidente aéreo que matou Marília Mendonça em 2021. A indenização é para as cinco vítimas da queda, incluindo a cantora, o piloto Geraldo Martins de Medeiros, o copiloto Tarciso Pessoa Viana, o tio e assessor de Marília, Abiceli Silveira Dias Filho, e o produtor Henrique Bahia. A família de Marília Mendonça ficou com quase metade da indenização, cerca de US$ 1 milhão. 

Nas redes sociais, a filha do piloto, Vitória Medeiros, criticou a divisão e afirmou que “todas as vítimas, todas as vidas valem igual” em um seguro por morte. Dona Ruth e o advogado negaram que o pedido da maior parte tenha partido da defesa dela e informaram que a minuta com a divisão já veio da empresa de táxi aéreo, e o valor inicial para Leo foi reduzido para transferir uma parte para a filha do piloto. 

Uma advogada especializada em Direito de Família e Sucessões explicou que indenizações podem variar de acordo com as “condições particulares de cada uma das vítimas”, como o tempo de vida que ainda teriam e a capacidade de aferir rendas, sem que isso signifique que uma vida vale mais que outra.

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