O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirmou, nesta terça-feira (5), que “não existe qualquer tipo de recuo” sobre as sanções a outros ministros do Supremo Tribunal Federal, a exemplo do ministro Alexandre de Moraes, que sofreu sanções dos Estados Unidos com a Lei Magnitsky. Ele também levantou a possibilidade de “quem sabe amanhã, a esposa de Alexandre de Moraes” também pode sofrer penalidades.

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Eduardo Bolsonaro diz que vai à Casa Branca “quase toda a semana” e espera novas sanções

Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro disse que abriu mão do mandato e está nos Estados Unidos exclusivamente “para essa pauta” e que quer “isolar Alexandre de Moraes”.

— Meu desejo aqui é por Justiça, e não por vingança. É por isso que a gente está seguindo um passo a passo. Começou com a retirada dos vistos, depois a sanção, quem sabe amanhã a esposa do Alexandre de Moraes, e outras autoridades venham a sofrer as mesmas sanções. É simplesmente isso — afirmou.

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Jair Bolsonaro (PL) teve, nesta segunda-feira (4), a prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na decisão divulgada, o ministro cita diversas violações das medidas cautelares impostas por ele anteriormente, como a publicação de conteúdo com o objetivo de coagir o STF e obstruir investigações que ainda estão em andamento. As informações são do g1.

Entre as razões citadas por Moraes, está o descumprimento pela segunda vez das medidas cautelares, “que justifica a imposição da prisão domiciliar”.

Além disso, Bolsonaro teve uma “conduta ilícita dissimulada”, de acordo com o ministro, por preparar material fabricado para ser divulgado durante as manifestações que ocorreram pelo país neste domingo (3) e nas redes sociais. Por meio destes vídeos, áudios e publicações, Bolsonaro teria mantido uma conduta “delitiva”, segundo Moraes, como uma chamada de vídeo realizada por Bolsonaro com o deputado federal Nikolas Ferreira.

Uma postagem nas redes sociais foi feita pelo filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro, em que Bolsonaro aparece fazendo uma ligação para Flávio durante o ato no Rio de Janeiro, com uma mensagem para os apoiadores:

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“Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”, disse Jair Bolsonaro.

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