Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou sobre a prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã deste sábado (22). O deputado federal disse, por meio das redes sociais, que o ministro Alexandre de Moraes “ultrapassou em muito os limites razoáveis” e que o Brasil está “testemunhando um nível de abuso institucional que deveria alarmar qualquer pessoa que valorize a democracia”.
Continua depois da publicidade
Em uma publicação feita em inglês no X (antigo Twitter), o filho de Bolsonaro afirmou que é preciso ter coragem para dizer “exatamente o que está acontecendo” e considerou a prisão do pai como uma “loucura”.
“Moraes tratou uma simples vigília de oração, convocada pelo meu irmão, o senador Flavio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, como se fosse um crime. É uma completa loucura”, disse.
No despacho que determina a prisão preventiva, Moraes afirma que a vigília poderia causar tumulto nas proximidades da residência de Bolsonaro e servir como pano de fundo para um plano de evasão a alguma embaixada próxima, por exemplo.
À 0h08min deste sábado, Bolsonaro teria, ainda, violado a tornozeleira eletrônica com o suposto objetivo, segundo o ministro, de “garantir êxito em sua fuga, facilitada pela manifestação convocada por seu filho”. Para Eduardo Bolsonaro, a medida ultrapassa “os limites razoáveis”.
Continua depois da publicidade
“Um ex-presidente, de 71 anos, já está em prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica e sendo monitorado pela polícia 24 horas por dia – às vezes até mesmo dentro de sua própria casa. No entanto, hoje, Jair Bolsonaro foi preso em sua casa. […] O Brasil está testemunhando um nível de abuso institucional que deveria alarmar qualquer pessoa que valorize a democracia e a dignidade humana fundamental”, finaliza.
Relembre o julgamento de Bolsonaro
Entenda a prisão
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso nas primeiras horas da manhã deste sábado (22). A Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva contra Bolsonaro por suposto descumprimento de medidas protetivas. Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala reservada para autoridades de alto escalão.
O pedido de prisão contra o ex-presidente foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e diz respeito “à garantia da ordem pública”, por risco de fuga após o filho mais velho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), anunciar uma vigília. Ou seja, a detenção do ex-presidente não marca o início do cumprimento da pena por conta da condenação do político por envolvimento no chamado núcleo crucial da trama golpista.
Continua depois da publicidade













