Um grupo de alunos enfrentou dificuldades para conseguir chegar em casa durante os alagamentos que atingiram Luiz Alves nesta segunda-feira (24). O prefeito, Caboclo (MDB), conta que as crianças estavam no ônibus escolar por volta do meio-dia após as aulas e simplesmente ficaram sem acesso aos imóveis por causa das ruas transformadas em verdadeiros rios.

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A situação era preocupante, por se tratar de 12 estudantes, alguns com Transtorno do Espectro Autista. Mas aí a generosidade de uma moradora ganhou espaço. O prefeito revela que Alcemar e Janice Dimon abriram as portas de casa, prepararam comida para as crianças e ainda brincaram e interagiram com os pequenos no galpão da família. Do lado de fora, Luiz Alves enfrentava um verdadeiro caos.

No fim da tarde, quando a água começou a baixar em alguns pontos do município, todos foram levados em segurança para casa. A generosidade de Alcemar e Janice, porém, ficou marcada em todos.

Cidade com maior registro de chuva

A cidade de Luiz Alves, no Vale do Itajaí, foi onde mais choveu em Santa Catarina nesta segunda-feira (24). Os dados da Defesa Civil do Estado mostram 160 milímetros em 24 horas, o que equivale a 160 litros de água por metro quadrado. Mais da metade disso caiu em um intervalo de apenas três horas, pegando moradores de surpresa. 

O governo estadual estima que pelo menos 150 pessoas precisaram sair de casa às pressas. Alguns desses acabaram precisando de ajuda para deixar os imóveis. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, a corporação atuou com botes para resgatar 26 pessoas que ficaram ilhadas e não conseguiram sozinhas buscar abrigo seguro.

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Na manhã desta terça-feira (25), já não tinha mais água nas ruas, que antes pareciam verdadeiros rios. O trabalho agora é contabilizar os prejuízos e definir como recuperar a cidade de pouco mais de 11 mil habitantes, conhecida nacionalmente pela produção de banana e de cachaça.

Chuva torrencial surpreendeu moradores

A prefeitura precisou pedir ajuda para cidades vizinhas para conseguir prestar assistência aos moradores. Com apenas um barco à disposição, Luiz Alves conseguiu com a Defesa Civil de Itajaí mais uma embarcação e outra com o Corpo de Bombeiros Militar de Navegantes. 

Com a locomoção comprometida, o governo municipal ainda não tem um levantamento sobre quantas famílias foram, de fato, atingidas. Nesta segunda-feira, um sobrevoo feito pela prefeitura apontou que ao menos um terço da área urbana da cidade havia sido afetada.