A família de Juliana Marins, brasileira que morreu ao cair em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, acionou a Polícia Federal para que o vazamento para a imprensa da nova autópsia realizada no corpo da jovem seja investigada. O laudo deveria ser sigiloso, sendo de responsabilidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro, mas foi divulgado na noite desta terça-feira (8).
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Laudo especifica data e horário da morte de Juliana Marins na Indonésia
Após resultado da nova autópsia, o que ainda falta saber sobre a morte de Juliana Marins
A irmã de Juliana, Marina Marins, contou, nesta quarta-feira (9), que soube do resultado da perícia realizada no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro pela imprensa, e que, até o momento, não havia “recebido nada”. Para a formação do laudo, participaram do exame dois peritos legistas da Polícia Civil, um perito da Polícia Federal e um assistente técnico representante da família.
A Secretaria de Estado de Polícia Civil confirmou que o laudo foi concluído e que o “documento foi incluído no processo, que está sob sigilo”. A previsão, segundo Mariana, era que a família recebesse os resultados na sexta-feira (11), quando a família iria divulgar, ao lado da Defensoria Pública da União (DPU) e do perito contratado para a autópsia, o laudo.
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A Polícia Civil não se manifestou sobre o possível vazamento até o momento da publicação desta matéria.
Relembre o caso
Novo exame
A nova necrópsia havia sido solicitada pela família de Juliana e foi realizada horas depois de o corpo de Juliana ter chegado ao Brasil. Uma perícia já tinha sido feita na Indonésia, revelando que a brasileira sofreu um trauma contundente e morreu de hemorragia decorrente de lesões em órgãos internos.
No laudo divulgado nesta terça, houve a confirmação de que Juliana morreu por múltiplos traumas causados por uma queda de altura. Entretanto, os peritos não sabem dizer o horário exato da queda fatal e da morte, por causa do estado que o corpo chegou ao local, já embalsamado.
Não há, também, a informação de quantas vezes Juliana caiu antes de morrer, mas o laudo confirma que os ferimentos encontrados em Juliana foram causados por um único impacto de grande intensidade. Nesta queda, órgãos vitais como crânio, tórax, abdome, pelve, membros e coluna foram comprometidos.
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Também foram encontradas marcas que mostram que corpo se deslocou após o impacto, o que pode ter acontecido pela inclinação do terreno. Outros fatores como estresse extremo, isolamento e ambiente hostil podem ter contribuído para que Juliana ficasse desorientada.
Lesões musculares e ressecamento nos olhos também foram encontrados, mas os peritos não acharam sinais de desnutrição, fadiga intensa ou uso de drogas ilícitas.
*Com informações do O Globo, da Agência Brasil e do g1
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