O espaço é extraordinário à apresentação do tema, mas para além dos conhecidos bons serviços prestados pela Justiça Eleitoral ao longo de sua história, reputo imprescindível abordar o desafio operacional de uma eleição geral no cenário pós-pandêmico. Realizar eleições, ofício primeiro da Justiça Eleitoral, não é uma repetição bienal de ações e atividades. A preocupação com a evolução contínua do processo e com o uso dos recursos disponíveis exige constante repensar: “como fazer melhor”. Para tanto, o planejamento está em execução, processo que findará no mês de novembro (e que passará por atualização tão logo editadas pelo TSE as instruções das Eleições 2022).
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Nesse contexto, somado ao foco operacional – a exigir gigantesco esforço de organização –, tem-se a premissa maior da qualidade: entregar aos cidadãos o efetivo resultado do voto nas melhores condições possíveis. E com essa realidade posta, além de rigoroso e detalhado plano a envolver toda estrutura eleitoral em Santa Catarina, trabalha-se com a certeza do apoio da sociedade e suas instituições, quer pela via do múnus do serviço eleitoral, quer pela participação como candidatos, mas, sobretudo, por meio do jeito de ser: comportamento cívico-democrático; crença no aperfeiçoamento social pelo voto; disposição para votar; participação; e confiança em sua Justiça Eleitoral.
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Sob a ótica evolutiva do processo eleitoral, sob o prisma operacional, tem-se especial preocupação com os mesários (recrutamento, gestão e capacitação); com a segurança e a integridade do processo; com a comunicação institucional; e com os efeitos da pandemia no moral das equipes (externas e internas).
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Processos críticos – como fechamento do cadastro, propaganda eleitoral, organização dos locais de votação, registro de candidaturas, ações eleitorais, prestação de contas e diplomação – não serão esquecidos. Destaco, entre eles, o combate à desinformação: mesmo cientes de que, como regra, se trata de atividade reativa (dispõe-se da informação para sanar mal-entendidos decorrentes de ações de comunicação equivocadas), a prática da informação ativa, como política institucional, é fundamental ao combate à desinformação e ao relacionamento com o cidadão.
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Santa Catarina é exemplo para o Brasil, e os catarinenses podem sentir-se confiantes com os serviços eleitorais. Esse é o cenário do momento: preparamo-nos para mais um processo eleitoral bem-sucedido. Nós somos a Justiça Eleitoral em Santa Catarina!
*Artigo escrito por Fernando Carioni, presidente do TRE-SC
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