A Havan informou ter registrado aumento expressivo nos casos de furto, arrombamento e depredação das lojas da rede nos últimos meses. Segundo a varejista, o principal motivo seria o fim da exposição nas redes sociais dos “amostradinhos”, como são chamadas as pessoas flagradas cometendo crimes dentro das unidades.

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A Havan costumava publicar na internet os vídeos dos flagrantes de ataques contra as lojas, mas foi proibida pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), como noticiou o NSC Total em julho. A empresa, inclusive, teve de apagar os posts feitos anteriormente.

Conforme a rede do brusquense Luciano Hang, em setembro foram 64 ocorrências, o que representa quase 50% de todos os delitos de 2025. No acumulado do ano, já são 131 registros.

— Percebemos que os criminosos não têm medo da justiça ou da polícia, mas sentem vergonha de serem reconhecidos por familiares, amigos, vizinhos ou até por outras vítimas. Quando expostos, pensam duas vezes antes de agir — afirma o dono da Havan.

Diante do aumento das ocorrências, Hang decidiu tornar público um novo vídeo, mesmo que desta vez borrando os rostos dos criminosos, para mostrar a realidade enfrentada pela rede e cobrar medidas mais eficazes das autoridades.

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— Não podemos permitir que a criminalidade avance sem controle. É preciso endurecer as leis e investir em tecnologia para proteger a população e garantir um Brasil seguro — diz Hang.

O empresário pede o apoio ao Projeto de Lei 3630/2025, da deputada federal Bia Kicis (PL), que prevê medidas mais duras contra a criminalidade.

— Mesmo não podendo expor os criminosos, nós estamos de olho. As pessoas flagradas cometendo crimes são abordadas, identificadas, registramos a ocorrência nos órgãos competentes e processamos. Todas são cadastradas em nosso banco de dados e, em qualquer uma das lojas que entrarem, nosso monitoramento é imediatamente alertado — concluiu o dono da Havan.

Imagens mostram flagrantes feitos pela Havan

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