Após um acidente grave no fim de semana envolvendo uma pipa, possivelmente com cerol, a prefeitura de Itajaí foi às ruas fazer uma fiscalização nos comércios. A venda do produto é proibida no Brasil, justamente por causa dos riscos, e recentemente provocou a morte de um jovem e deixou uma criança gravemente ferida. Nos dois casos, as vítimas nem sequer estavam envolvidas na brincadeira.
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Em um dos estabelecimentos fiscalizados em Itajaí, foram apreendidas colas especiais usadas para o preparo do cerol. A prefeitura disse ter orientado o comerciante, mas não houve nenhum tipo de multa ou notificação já que não se tratava do produto em si pronto para uso. Uma lei de abril de 2003 proíbe a utilização de cerol ou de qualquer outro material cortante em linhas ou fios usados para empinar pipas.
A legislação municipal determina que o uso da mistura cortante de vidro moído e cola aplicada em linhas de pipas, quando identificado, resulta em multa de R$ 2.413. Quando se tratar de infrações praticadas por menores, os pais ou responsáveis assumirão as consequências dos atos. Em caso de produção, comercialização, ou armazenamento de cerol, a multa será de R$ 12 mil.
Quando há reincidência, o valor será aplicado em dobro. Denúncias envolvendo o uso ou comercialização de cerol podem ser feitas na Guarda Municipal, pelo telefone 153, ou na Vigilância Sanitária (47) 3508-0755. Também é possível acionar as polícias Civil e Militar.
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Acidentes recentes
No começo deste mês, um jovem de 21 anos morreu ao ser degolado por um fio de pipa com cerol. Ele trafegava de moto pela BR-470, em Navegantes, quando a corda prendeu e cortou o pescoço de Luiz Eduardo Sclonesk. A Polícia Civil diz que três menores estavam soltando a pipa que provocou o acidente. O inquérito ainda está em andamento.
Já no último sábado (15), um menino de oito anos ia entrar em casa quando uma pipa com cerol rompeu o cabo de energia elétrica. O fio caiu no chão e atingiu Fernando de Barros, que teve queimaduras em 70% do corpo e está em estado grave no Hospital Joana de Gusmão, em Florianópolis. A Polícia Civil abriu inquérito e pediu prioridade na apuração do caso.
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