A ginasta Beatriz Linhares, de 18 anos, é uma das catarinenses que está representando Santa Catarina nas Olimpíadas de Tóquio. A atleta de Florianópolis, que integra o conjunto brasileiro de ginástica rítmica, vai entrar em quadra nesta sexta-feira (6), a partir das 22h. A final será disputada no sábado (7), às 23h.
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A manezinha da Ilha começou aos nove anos na Associação Desportiva do Instituto Estadual de Educação (ADIEE). No início, não era algo profissional, treinava apenas por diversão. Hoje, é uma das 10 atletas mais jovens a representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, e é inspiração para as garotas que treinam atualmente na Capital.
Além da catarinense, Deborah Medrado, Geovanna Santos, Maria Eduarda Arakaki e Nicole Pírcio são as outras quatro atletas convocadas para integrar o conjunto brasileiro nas Olimpíadas. As meninas venceram o Campeonato Pan-Americano em junho de 2021, no Rio de Janeiro, garantindo a vaga para Tóquio.
Beatriz também já ganhou um ouro e duas medalhas de bronze no Pan-Americano de Lima, no Peru, em 2019, também na categoria conjunto.
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— Se não fosse o esporte, eu não seria a pessoa que eu sou hoje. O esporte me ensinou muita coisa. Eu sinto que no esporte eu posso ser quem eu quiser, principalmente dentro da quadra — afirma.
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Entrou para a seleção aos 15
Com apenas 15 anos, Beatriz recebeu a primeira convocação para a seleção brasileira. Em busca do sonho de se tornar atleta olímpica, deixou família e amigos em Florianópolis para morar em Aracaju, Sergipe, e treinar com a equipe, onde segue até hoje.
No começo, foi bem difícil por conta da saudade e da rotina intensa. Ela treina de oito a dez horas por dia no Centro Nacional de Treinamento de Ginástica Rítmica, com folga apenas nos domingos. Porém, o maior desafio continua sendo a distância da família. A maturidade desde cedo foi o bônus da escolha da carreira.
— A gente aprende a lidar com muitas responsabilidades. Coisas que a gente lidaria quando adultas, a gente já lida mais novas, com 15 anos.
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De Florianópolis a Tóquio
Em Florianópolis, a rotina era bem diferente. Ela estudava durante a manhã, almoçava e já ia direto para o treino. No fim da noite, sempre acabava ficando um pouco mais, já que estava atenta à apresentação de quem tinha mais experiência.
Em Tóquio, pretende se manter o mais calma possível, ir em busca da medalha de ouro e fazer história na ginástica rítmica brasileira. Para ela, o fato de não ter público, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, traz mais tranquilidade, como se estivesse no treino.
— A gente sente falta da torcida, mas como não tem gente ali, é como se fosse um treino normal, fica um pouco mais fácil.
Antes de entrar em quadra, a equipe tem o próprio ritual: compartilham palavras positivas e fazem o grito de guerra. Beatriz também costuma fazer uma oração sozinha.
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A ginasta ainda mandou um recado para os catarinenses: “Espero vocês de madrugada torcendo pela gente”.
*Com supervisão de Carolina Marasco
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