Segundo a se manifestar no julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o ex-presidente seria o maior beneficiado caso a trama golpista desse certo e também seria o líder da organização criminosa que tentou provocar uma ruptura democrática. A fala ocorreu durante a sustentação oral da PGR, que antecedeu as falas dos advogados dos réus, na manhã desta terça-feira, primeiro dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Gonet defendeu a punição dos envolvidos e afirmou que não responsabilizar os responsáveis “recrudesce ímpetos de autoritarismo” na sociedade. Ele também defendeu que para que uma tentativa de golpe se consolide, “não é indispensável que haja ordem assinada pelo presidente da República”. No momento em que o presidente e o ministro da Defesa convocaram a cúpula militar para apresentar o documento de formalização de golpe, “o processo criminoso já estava em curso”, segundo o PGR.
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Gonet também afirmou que a trama golpista não pode ser tratada como algo de menor importância.
— Os atos que compõem o panorama espantoso e tenebroso da denúncia são fenômenos de atentado com relevância criminal contra as instituições democráticas. Não podem ser tratados como atos de importância menor, como devaneios utópicos anódinos nem como precipitações a serem reduzidas, com o passar dos dias, a um plano bonachão e irreverente — afirmou.
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O procurador-geral da República defendeu que a denúncia não se baseou em conjecturas e suposições, mas em “elementos concretos”.
— Não há como negar fatos praticados publicamente, planos aprendidos, diálogos documentados e bens públicos deteriorados […] Encontra-se materialmente aprovada a sequência de atos destinados a propiciar a ruptura da normalidade do processo sucessório — afirmou.
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