
Saúde pública
Unidade informou que não irá receber novos pacientes de UTI até que a situação se regularize
O Hospital Bethesda, em Joinville, comunicou a falta de medicamentos básicos para pacientes com Covid-19 internados na Unidade de Terapia Intesiva (UTI). As medicações são anestésico, relaxante muscular e sedativo. Conforme comunicado divulgado pelo hospital no fim da manhã desta segunda-feira (3), a situação afeta todo o mercado brasileiro. Por esse motivo, a unidade informa que está sem condições de receber novos pacientes de UTI até que a situação se regularize.
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- A situação é muito crítica, pois mesmo que estejamos dispostos a pagar mais caro pelos remédios, seguindo uma lista de fornecedores repassada pela Secretaria da Saúde, não estamos conseguindo comprar nada e o nosso estoque está acabando. Estamos com os dez leitos de UTI lotados, porém sem condição de oferecer um tratamento adequado e digno, por falta desse tipo de medicamento - pontuou o diretor executivo da instituição, Hilário Dalmann.
Na mesma semana em que o hospital iniciou o atendimento aos pacientes com coronavírus, a taxa de ocupação atingiu 100%.
Para conseguir realizar o atendimento aos pacientes, o Bethesda informou que recebe ajuda do Hospital Municipal São José com o repasse emergencial de medicamentos.
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- Mas sabemos que também todas as unidades hospitalares atualmente estão enfrentando a mesma dificuldade. Pedimos, assim, ajuda imediata do poder público, já que os medicamentos prometidos pelo governo, vindos do Uruguai, ainda não chegaram, e ainda da mobilização da iniciativa privada da área farmacêutica, já que o momento requer ao máximo um esforço conjunto da sociedade - considera.
O Hospital São José também pontuou que a unidade não está em falta, no entanto o uso das medicações está limitada.
Em nota, o Governo do Estado informou que fez solicitação ao Governo Federal e, com apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério Público Federal, realiza ações para a compra das medicações internacionalmente. A compra deve atender a todos os estados federativos.
A Secretaria ainda pontuou que a suspensão das cirurgias eletivas de alta e média complexidade, as quais necessitam de anestesia geral, foi uma medida para contingenciar o uso dos medicamentos. Na última semana, a medida foi prorrogada até o dia 30 de agosto pelo Governo do Estado.
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