A indústria catarinense aumentou em mais de 20% o volume de vendas às Forças Armadas do Brasil. O dado faz parte de um levantamento do Observatório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Em três anos, o valor passou de R$ 244,7 milhões, em 2018, para R$ 302,8 milhões, em 2021.
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Isso faz com que a participação do setor industrial no Estado nas vendas para a Defesa seja de 20,4% – três vezes maior do que a média nacional, que é de 7,8%.
A indústria têxtil é a que concentra a maior fatia de mercado, com 39,7%. Em seguida, estão produtos químicos e plástico (22%), alimentos e bebidas (20%), material meta mecânico (6%), fármacos e equipamentos (3,7%) e máquinas e equipamentos (3,4%).
— Santa Catarina é capaz de atender a todos os tipos de demandas militares porque temos em nosso DNA a cultura da inovação e da diversidade produtiva. Fornecemos desde alimentos, passando por peças de automóveis, motores, produtos hidráulicos, colete balístico, tintas especiais para aviões e tanques, inteligência artificial em comunicação e segurança, entre outros aparelhos e serviços — explica o presidente do Comitê da Indústria da Defesa (Comdefesa) da Fiesc, Cesar Augusto Olsen.
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Ao todo, 14 empresas catarinenses estão certificadas como Estratégicas de Defesa e duas homologadas como Empresa de Defesa. Entre elas está uma empresa de segurança eletrônica, que aponta a parceria como forma de criar produtos inovadores para a proteção de cidades e fronteiras, com o uso de inteligência artificial, por exemplo.
— O trabalho com os militares auxilia na busca por soluções tecnológicas e a certificação traz confiança e robustez ao nosso portfólio. Muitos produtos feitos sob encomenda para eles são adaptados para entrar posteriormente no mercado civil de segurança — explica o diretor de vendas da unidade de segurança eletrônica da empresa, Washington de Freitas.
Essa modalidade, inclusive, será tema de debate na SC Expo Defense, promovida pela Fiesc na próxima semana. Ela ocorrerá na Base Aérea, em Florianópolis, entre 19 e 20 de maio.
O DC entrou em contato com o Ministério da Defesa a respeito do assunto, mas não teve retorno até a publicação.
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