O cessar-fogo entre Israel e Irã, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (23), já é marcado por incertezas, supostos ataques e ameaças. Pouco tempo após o início da trégua, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou que o exército israelense “responda com força” à uma suposta violação do acordo por parte do Irã.
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Essa resposta por parte de Israel se dará por meio de ataques intensos contra alvos do regime no coração de Teerã, capital iraniana, segundo o ministro.
“Instruí as Forças de Defesa de Israel (IDF), em coordenação com o primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu], a continuar a operação intensiva para atacar Teerã e frustrar alvos do regime e a infraestrutura terrorista em Teerã”, disse Israel Katz.
O exército israelense relatou dois mísseis que teriam sido lançados pelo Irã no meio da manhã desta terça-feira, o que teria provocado disparo de sirenes no norte do país várias horas depois de o presidente estadunidense anunciar o plano de cessar-fogo.
Irã nega acusações
Em meio às acusações, veículos de comunicação estatais iranianos negaram que o Irã tenha disparado mísseis contra Israel após o cessar-fogo entrar em vigor.
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“A notícia de que o Irã disparou mísseis contra os territórios ocupados após impor um cessar-fogo ao regime sionista é negada”, comunicou a agência de notícias semioficial ISNA, em canal do Telegram, nesta terça-feira (24).
A Nour News, ligada ao Estado, também publicou a negação. À CNN, um funcionário de segurança do Irã disse que, após às 7h30min, horário local, “nenhum míssil foi disparado contra o inimigo até o momento”.
Trump declarou cessar-fogo entre Israel e Irã nesta segunda
Conflito entre Israel e Irã
No dia 13 de junho, o conflito teve início após Israel lançar uma operação preventiva para conter o avanço do programa nuclear iraniano. Desde então, dezenas de pessoas morreram e milhares ficaram feridas nos ataques.
Forças israelenses bombardearam alvos militares e nucleares em território iraniano. Como resposta, o Irã lançou mísseis contra Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
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Os ataques foram justificados pelo governo de Benjamin Netanyahu como uma tentativa de “neutralizar” uma ameaça à existência do país, já que Israel alega que o Irã está perto de obter uma bomba atômica.
No final de semana, os Estados Unidos dispararam contra alvos nucleares iranianos, tendo como foco a usina de Fordow, a 80 metros da superfície. O ataque foi retaliado pelo Irã nesta segunda, com lançamento de mísseis contra uma base militar americana no Catar. Os EUA e o Catar afirmaram que os projéteis foram interceptados e não deixaram vítimas.
*Sob supervisão de Luana Amorim
**Com informações de CNN Brasil, Metrópoles e Estadão
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