
Pesquisa
Em nível nacional, a pesquisa apurou que 18,3% das pessoas de 18 anos ou mais sofreram algum tipo de violência física, psicológica ou sexual
Em Santa Catarina, 752 mil pessoas foram vítimas de violência física, psicológica ou sexual em 2019, o que corresponde a 13% da população, segundo apurou a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado registrou o segundo menor índice nacional de violência sexual e psicológica e o terceiro em violência física.
> Receba notícias de Santa Catarina por WhatsApp
No caso da violência sexual, apesar de Santa Catarina ter o segundo menor índice do Brasil, 216 mil pessoas foram vítimas, das quais 174 mil foram mulheres, o que corresponde a quatro de cada cinco vítimas.
Em nível nacional, a pesquisa apurou que 18,3%, o equivalente a 29,1 milhões de pessoas de 18 anos ou mais sofreram algum tipo de violência física, psicológica ou sexual. Em função disso, 12% das pessoas tiveram que deixar de fazer atividades habituais. Pessoas pretas ou pardas foram mais atingidas pela violência e os autores, na maioria das vezes, foram pessoas conhecidas.
O levantamento do IBGE apurou também diversos dados sobre comportamento sexual e alguns apontam que falta esclarecimento para a população catarinense. O uso de preservativo, por exemplo, é diferente em função do grau de instrução e idade. Apenas 21,4% das pessoas sexualmente ativas de SC usam preservativos em todas as relações sexuais. No grupo de 18 a 29 anos, 35,5% usam enquanto apenas 11% com mais de 60 anos adotam a proteção.
Dos catarinenses que têm curso superior completo, 27,8% usam preservativos, o triplo dos que têm apenas o ensino fundamental (10,1%). A iniciação sexual do catarinense ocorre com cerca de 17,2 anos, a mesma média nacional.
> Suspeito de estuprar enteada dos 15 aos 18 anos e filmar atos sexuais é preso em São José
A pesquisa apurou também que nas regiões Sul e Norte do país há maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis frente a média nacional. Chegou a 0,8% da população, ou seja, 01 contaminado em cada 125 pessoas, o que soma na Região Sul 170 mil pessoas, das quais 70% são mulheres.
A PNS apurou ainda que um em cada 30 catarinense (3,4%) tem tosse persistente, o que pode ser tuberculose, uma doença facilmente contagiosa e de difícil tratamento. Em números, o problema atinge 107 mil mulheres e 83 mil homens. A Doença de Chagas, transmitida pelo inseto mais conhecido como barbeiro, atinge 0,4% da população (1 em cada 250 pessoas), o que soma 89 mil catarinenses.