As portas se fecharam para Maurício Souza. Após ser retirado da seleção brasileira de vôlei, o jogador não está mais no time em que jogava atualmente, o Minas Tênis Clube. O contrato foi rescindido pelo clube na tarde desta quarta-feira (27) depois que o jogador postou um vídeo de desculpas em seu Instagram e frisou que “ter opinião e defender o que se acredita não é ser homofóbico e nem preconceituoso”.

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Até então, o atleta estava apenas afastado da aquipe do Minas. O time tinha pedido que o jogador se retratasse por comentários homofóbicos e pagasse uma multa para ser reintegrado na equipe. 

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> Atleta da Seleção Brasileira pede desculpas por postagem homofóbica

– Vim aqui para pedir desculpas a todos que se sentiram ofendidos com a minha opinião, por eu defender aquilo que eu acredito. Não foi a minha intenção. Assim como vocês defendem o que vocês acreditam, eu também tenho o direito de defender o que eu acredito. E precisamos brigar por isso – disse ele. 

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Após a publicação, o atleta teve seu contrato finalizado com a equipe do Minas Tênis Clube.

Maurício Souza já havia sido retirado da seleção brasileira. Segundo Renan Dal Zotto, treinador da equipe, é “inadmissível” a conduta que teve o jogador.

– Eu sou contra qualquer tipo de preconceito, homofobia, racismo. E se tratando de seleção brasileira, não tem espaço para profissionais homofóbicos – disse ele ao jornal O Globo.

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O episódio não afetará a equipe brasileira, conforme explicou o técnico. 

– Não tem ninguém convocado ainda, eu lamento a polêmica. Não se pode admitir esse tipo de episódio – frisou.

Após ter contrato rescindido, Maurício voltou às redes sociais para avisar aos seguidores sobre a decisão do time e afirmou que segue seu caminho “plantando o que acredita”. 

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– Meu legado continua! O que deixarei para meus filhos e netos é o que conta no final – escreveu ele em publicação. 

O presidente Jair Bolsonaro reagiu, na manhã desta quarta-feira (27), após saber da decisão de afastamento do jogador do time. 

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– Puta que o pariu, impressionante né? Tudo é homofobia, tudo é feminismo – afirmou o chefe do executivo ao criticar ação. 

Bolsonaro ainda não se posicionou após a rescisão do contrato.

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