Com o número de casos suspeitos e confirmados de intoxicação por metanol aumentando em outros estados do Brasil, os catarinenses vêm se mostrando preocupados com o problema e procurando os serviços de saúde ao sentirem desconforto no estômago, náuseas, vômitos e dor abdominal forte, sinais compatíveis com a intoxicação. O fim de semana em Santa Catarina foi de corrida aos serviços de saúde pela “bebedeira exagerada” e pelo “medo de ser metanol”, segundo palavras do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).
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De acordo com ele, a repercussão dos casos em outros estados, como em São Paulo, onde já são 25 ocorrências de intoxicação por metanol confirmadas, de acordo com o último boletim divulgado pelo governo estadual, na sexta-feira (10), tem aumentado a procura por Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais, por exemplo.
“O motivo: bebedeira exagerada e medo de ser metanol”, escreveu o governador em uma rede social.
A corrida pelos serviços de saúde fez o governador esclarecer que até o momento todos os casos investigados no Estado foram descartados, e que não há nenhuma ocorrência de intoxicação por metanol em SC. No fim, o governador fez um alerta pelo consumo consciente, para evitar o perigo aos consumidores e também o risco de sobrecarga nos serviços de saúde em razão do problema.
“Busquem sempre os serviços de saúde sob qualquer suspeita, mas maneirem no consumo”, finalizou Jorginho Mello, em publicação nas redes neste domingo.
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Veja o alerta do governador
Casos de metanol em SP
Ao todo, já são 160 casos em investigação em São Paulo, enquanto 189 já foram descartados. Cinco pessoas, sendo três homens de 54, 46 e 45 anos, moradores da capital; uma mulher, de 30 anos, de São Bernardo do Campo; e um homem, de 23 anos, de Osasco, morreram depois de terem ingerido bebidas adulteradas com metanol.
Ainda há seis mortes em investigação, sendo quatro em São Paulo, e duas em São Bernardo do Campo. Neste município, foi encontrada uma fábrica clandestina na última sexta-feira (10), de onde teriam saído garrafas de bebida alcoólica causadoras das mortes de duas pessoas.
A suspeita, de acordo com a investigação, é de que a fábrica comprava etanol adulterado com metanol por fabricantes em postos de combustível. Em nota, a Polícia Civil informou que chegou a esta fábrica após investigar a morte da primeira vítima por intoxicação de bebida adulterada. A morte desta pessoa, um homem, aconteceu no dia 16 de setembro, quatro dias após ter passado mal.
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O dono do bar confessou que comprou as bebidas de uma distribuidora clandestina, a mesma que foi fechada nesta sexta. Duas pessoas que consumiram vodka no estabelecimento comercial localizado na Zona Leste de São Paulo morreram.
Durante uma coletiva, o secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite informou que o etanol usado na produção das bebidas falsificadas continha mais de 40% de metanol, em alguns casos, e teria origem de um mesmo posto ou rede de postos de combustíveis.
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