A Polícia Civil fechou nesta sexta-feira (10) uma fábrica clandestina que vendia bebidas adulteradas com metanol a outros estabelecimentos comerciais. O lugar funcionava em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.
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Segundo a polícia, a distribuidora não autorizada usava etanol de posto de combustível para adulterar as bebidas. A substância contém metanol e era misturada em destilados, como vodka.
Em nota, a Polícia Civil informou que chegou a esta fábrica após investigar a morte da primeira vítima por intoxicação de bebida adulterada. A morte desta pessoa, um homem, aconteceu no dia 16 de setembro, quatro dias após ter passado mal.
Durante as investigações, as autoridades identificaram o bar onde a bebida foi consumida e houve a apreensão de nove garrafas. A perícia identificou metanol em oito delas.
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O dono do bar confessou que comprou as bebidas de uma distribuidora clandestina, a mesma que foi fechada nesta sexta. Duas pessoas que consumiram vodka no estabelecimento comercial localizado na Zona Leste de São Paulo morreram.
Durante uma coletiva, o secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite informou que o etanol usado na produção das bebidas falsificadas continha mais de 40% de metanol, em alguns casos, e teria origem de um mesmo posto ou rede de postos de combustíveis.
A operação da manhã desta sexta-feira também foi a endereços em São Caetano do Sul e em São Paulo. Oito suspeitos foram encaminhados para a delegacia para prestar esclarecimentos.
De acordo com o secretário, os suspeitos presos até agora não têm ligação com facções criminosas e foram, na verdade, prejudicados por uma organização criminosa que lucra com a adulteração do combustível.
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Até o momento, cinco pessoas morreram no estado de São Paulo, vítimas de intoxicação por bebida contaminada com metanol. Há ainda 23 casos confirmados de intoxicação pela substância.
O que acontece quando ingerimos bebidas alcoólicas?
*Sob supervisão de Giovanna Pacheco
**Com informações de Agência Brasil e g1
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