O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou que a defesa de Jair Bolsonaro explique o uso de um celular pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante uma visita ao ex-presidente na sexta-feira (21). As informações são do g1.

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Bolsonaro estava em prisão domiciliar por decisão de Moraes, e agora cumpre pena na superintendência da Polícia Federal, em Brasília (DF) pela tentativa de golpe de Estado, caso que transitou em julgado nesta terça-feira (25).

Na prisão domiciliar, Bolsonaro estava proibido de usar celular, assim como de acessar redes sociais ou enviar mensagens por meio de terceiros. Contudo, no dia em que recebeu a visita de Nikolas Ferreira, imagens feitas pela TV Globo mostraram que o deputado usava o celular na varanda, ao lado de Bolsonaro.

O fato reacendeu dúvidas sobre um possível descumprimento das restrições impostas ao ex-presidente. Moraes quer que a defesa do ex-presidente esclareça se o aparelho foi compartilhado com Bolsonaro, se ele teve acesso a mensagens ou utilizou o celular de forma indireta.

“Em decisão de 11/11/2025, autorizei a visita do deputado federal Nikolas Ferreira ao réu Jair Messias Bolsonaro, então em cumprimento de prisão domiciliar, a ser realizada no dia 21/11/2025. Ressaltei, naquela ocasião, que todas as visitas deveriam observar as determinações legais e judiciais previamente estabelecidas”, escreveu Moraes na intimação.

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“Em reportagem exibida pelo Jornal Nacional, foi informado que, durante a visita autorizada, o réu e o parlamentar foram vistos conversando na área externa, nos fundos da residência, enquanto o deputado utilizava um telefone celular”, continuou o ministro.

Os 10 passos que levaram à prisão de Bolsonaro

Bolsonaro começa a cumprir pena

Bolsonaro começou a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão nesta terça-feira (25) por decisão do ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente permanece na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde já está em prisão preventiva.

“Determino o início do cumprimento da pena de Jair Messias Bolsonaro, em regime inicial fechado, da pena privativa de liberdade de 27 anos e três meses, sendo 24 anos e nove meses de reclusão (em regime fechado) e dois anos e seis meses de detenção”, diz a decisão de Moraes.

Jair Bolsonaro foi condenado pela tentativa de golpe após as eleições de 2022. A pena foi definida ao final do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 11 de setembro deste ano. Nesta terça, o caso transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos.

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