Uma mulher foi presa preventivamente por integrar uma organização criminosa especializada em desvio de cargas. A ação aconteceu em Joinville na última sexta-feira (1º). Outras ações policiais também foram realizadas, simultaneamente, em Canoinhas e Balneário Piçarras para investigar falsos roubos de cargas.

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Operação em Joinville

Conforme a investigação da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DFRC/DEIC), a mulher foi identificada como sendo a locatária de um galpão, localizado em São Francisco do Sul, utilizado por um grupo criminoso para a ocultação de cargas desviadas. Esse local é o mesmo onde duas cargas no valor de R$ 2 milhões foram recuperadas em março de 2025.

Após a prisão, a investigada admitiu ter emprestado seu nome para formalização do contrato de aluguel e revelou que teria recebido a quantia de R$ 500. Ainda disse que firmou o contrato a pedido de um casal, que já foi identificado e indiciado pela DFRC pelo mesmo crime.

Em seguida, a investigada foi conduzida ao Presídio Regional de Joinville, onde ficará à disposição do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Veja imagens das ações

Ação em Balneário Piçarras e Canoinhas

No mesmo dia, a operação “Falso Roubo” cumpriu oito mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão domiciliar em três estados, em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, incluindo quatro mandados em Balneário Piçarras e Canoinhas. A ação foi coordenada pela Delegacia de Guaíra, cidade de São Paulo,

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De acordo com a Polícia Civil catarinense, as investigações tiveram início após a prisão em flagrante de um motorista em Guaíra, em maio de 2024. Na época, ele foi detido por adulteração de sinal identificador de um caminhão e estelionato.

No veículo do suspeito, policiais encontraram documentos irregulares e quatro placas diferentes, o que levou à descoberta de uma organização criminosa envolvida no desvio de cargas e na falsificação de ocorrências.

Segundo a investigação, o grupo atuava de forma estruturada e contava com divisão de funções entre motoristas, proprietários de caminhões e receptadores. Os condutores, por exemplo, realizavam carregamentos regulares em empresas, desviavam os produtos e depois registravam boletins de ocorrência falsos alegando assaltos simulados.

Entre setembro de 2023 e abril de 2024, foram registrados 15 boletins falsos, todos com narrativas semelhantes. As cargas desviadas incluíam fertilizantes, bobinas de cobre, equipamentos industriais, ureia, açúcar e alimentos. O prejuízo foi calculado em, aproximadamente, R$ 4,2 milhões.

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Durante a ação policial, foram sequestrados veículos utilizados nas ações criminosas, como caminhões tratores e semirreboques. Além disso, foi determinado o bloqueio de contas bancárias até o valor correspondente ao dano. Os investigados responderão por organização criminosa, furto qualificado mediante fraude, receptação qualificada, falsa comunicação de crime, falsificação de documento público e adulteração de sinal identificador de veículo.

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