A Tupy, multinacional com fábrica em Joinville, no Norte catarinense, fechou o segundo trimestre de 2025 com um crescimento de 33% — em comparação com o mesmo período do ano anterior. A companhia reportou geração de caixa operacional de R$ 106 milhões, lucro líquido de R$ 24 milhões e EBITDA Ajustado de R$ 210 milhões, com margem de 8%.

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A empresa apresentou no período uma receita líquida de R$ 2,6 bilhões, queda de 6% em relação ao mesmo período de 2024. A direção da Tupy atribui o resultado à depreciação do Real, que mitigou parcialmente o efeito da redução de 10% dos volumes físicos de vendas, ocasionada pelo desempenho do mercado de veículos comerciais nos Estados Unidos e na Europa.

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Negócio tradicional e futuro

Com o atual cenário, a Tupy está adequando a capacidade produtiva para atender ao mercado, viabilizar novos projetos e melhorar a rentabilidade. Essa reorganização resultará em uma redução de aproximadamente 25% na capacidade instalada, em comparação com o cenário pós-aquisição das plantas de Aveiro e Betim, em linha com a estratégia de integração das operações.

Os efeitos dessas ações começarão a ser perceptíveis a partir do próximo ano, com impacto anual de R$ 100 milhões em 2026 e R$ 180 milhões a partir de 2027, decorrentes da redução de custos fixos.

A multinacional ainda anunciou dois novos projetos estratégicos que reforçam a atuação nos mercados de transporte de cargas e geração de energia. O planejamento deverá render uma receita anual de R$ 97 milhões, contribuindo para a diversificação do portfólio da companhia.

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Locomotivas e datacenters

O projeto destinado a locomotivas marca a entrada da Tupy no mercado de pistões e liners para motores de grade porte. A iniciativa amplia o portfólio de produtos e abre oportunidades em um nicho até então não explorado pela empresa.

Já as aplicações para geração de energia estacionária, consistem no fornecimento de cabeçotes para motores de grupos geradores utilizados principalmente em datacenters, mercado que vem apresentando expressivas taxas de crescimento, impulsionado pela crescente demanda por infraestrutura e geração de energia.

“Os projetos reforçam o engajamento da Tupy com a busca constante de novos mercados e com a geração de novas fontes de receita. A entrada em novos segmentos e o fortalecimento em mercados em ascensão demonstram a capacidade da Tupy de se adaptar e liderar em setores dinâmicos, sempre com foco em eficiência, rentabilidade e geração de valor”, comenta o CEO da Tupy, Rafael Lucchesi.

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