A morte de Moïse Kabagambe, jovem natural do Congo, tem causado revolta e comoção no Brasil inteiro, e nesta quarta-feira (2) motivou a prisão de três homens no Rio de Janeiro. Moïse foi assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca no dia 24 de janeiro, após ser agredido com ao menos 30 pauladas.
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As agressões ao congolês foram filmadas pela câmera de segurança do quiosque, e mostram três homens agredindo Moïse após uma discussão. Um deles derruba o jovem e o imobiliza, enquanto os outros o agredem – inclusive com um pedaço de madeira. O rapaz imigrante, que trabalhava no quiosque, morreu no local.
De acordo com as informações divulgadas pelo G1, os três homens envolvidos nas agressões foram detidos e, à polícia, teriam confessado participar do espancamento. A barra de madeira utilizada para golpear Moïse foi apreendida, ela teria sido descartada em uma área de mata perto da cena do crime. Conforme a polícia, os três presos não trabalhavam no quiosque e nem tinham qualquer relação com a vítima.
Quem era Moïse Kabagambe
O jovem de 24 anos morava no Brasil desde 2014, quando saíram da República do Congo como refugiados, fugindo da guerra e da fome. Moïse trabalhava por diárias no quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os parentes dele foram avisados do crime cerca de 12 horas após a morte. Ivana Lay, mãe do jovem, tratou o crime como um ato de racismo.
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O que motivou as agressões
Conforme a primeira versão relatada por familiares e também por autoridades que acompanham o caso, Moïse teria sido assassinado após ir ao quiosque cobrar cerca de R$ 200 referentes a duas diárias de trabalho não pagas. Um dos homens presos pelo crime relatou uma versão diferente, que o congolês teria se desentendido com um senhor de outro quiosque e iniciado uma briga. A Polícia Civil ainda investiga o caso.
Investigação
O dono do quiosque em que Moïse trabalhava, e local do crime, foi um dos interrogados pela Polícia Civil. Conforme o G1, a defesa do comerciante disse que ele não conhecia os três presos e negou que existiam dívidas com o congolês.
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