O caso do professor que morreu baleado nesta segunda-feira (15) em São José, na Grande Florianópolis, é investigado pela Polícia Civil. De acordo com o delegado Diego Parma, até a manhã desta terça-feira (16), ninguém havia sido preso por suspeita de envolvimento na morte de Lucas Antonio de Lacerda, de 39 anos.
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Lucas foi alvejado a tiros enquanto estava dentro de um carro no bairro Ipiranga, em São José, por volta das 14h. No local, o carro da vítima foi encontrado com diversas marcas de disparos de arma de fogo no para-brisas. Segundo a Polícia Militar, pelo menos oito tiros atingiram o veículo, na direção ao banco do condutor, onde o professor estava. Ele morreu ainda no local.
Conforme o delegado, a polícia busca, agora, esclarecer a autoria e os motivos que ocasionaram a morte de Lucas.
Hipóteses das investigações
De acordo com a Polícia Militar, o professor respondia por um processo de acidente de trânsito que acabou na morte de um jovem em Florianópolis, há cerca de um ano. Conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a denúncia foi aceita no dia 18 de julho, mas a defesa de Lucas afirmava que não havia prova contra ele e que a decisão que aceitou a denúncia não foi bem explicada.
Segundo o delegado Diego Parma, as investigações do caso ainda estão em fase inicial e, por isso, nenhuma hipótese foi descartada. Contudo, em princípio, não há indícios que apontem que o acidente tem relação com a morte de Lucas.
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A defesa havia pedido para que o processo sobre o acidente fosse encerrado, mas os pedidos foram indeferidos. A próxima audiência sobre o caso estava marcada para o dia 24 de julho de 2026.
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“Pai amoroso e profissional sério”
Lucas era natural de Franca, em São Paulo, mas morava atualmente em Florianópolis. Nesta terça-feira, o cursinho pré-vestibular, onde o professor dava aulas de Literatura, lamentou a morte. A instituição definiu o profissional como “amigo leal, profissional sério, pai amoroso e atento aos alunos e às famílias”.
“Nos solidarizamos com a família, amigos e alunos neste momento de profunda dor. Na próxima semana, com o retorno das aulas, vamos honrar sua memória como ele acreditava: estudando, cuidando uns dos outros e construindo uma sociedade com mais empatia e menos violência”, diz a publicação feita nas redes sociais.
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A morte do professor também foi lamentada por colegas de trabalhos: “O Luquinha era sinônimo de alegria. Grande amigo e parceiro de trabalho. Sua ausência em nosso meio deixa um vazio marcado pela dor e pela tristeza”, escreveu outro educador. “Sensibilidade aguçada, clareza no que falava e um baita coração. Vai em paz, amigo”, publicou outra pessoa.
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