A Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), que representa as universidades comunitárias de Santa Catarina, terá nova presidente a partir da próxima semana. A reitora da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Márcia Cristina Sardá Espindola, lidera a única chapa inscrita para participar da eleição da Acafe, na próxima quinta-feira (2), em Florianópolis. O candidato a vice na chapa é o reitor Ricardo Antonio de Marco, da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc).
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Márcia já fazia parte do Conselho Deliberativo da atual gestão, empossada em dezembro de 2024. Após a saída da então presidente Luciane Ceretta para assumir a Secretaria de Estado da Educação do governo Jorginho Mello, em maio deste ano, a instituição ficou a cargo de Kaio Amarante, reitor da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac). Kaio, no entanto, renunciou ao cargo no final de agosto para se dedicar à fase final do doutorado e do mandato na reitoria da universidade.
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Com isso, o reitor da Univali, Valdir Cechinel Filho, assumiu interinamente por ser o membro mais velho do conselho, mas novas eleições foram convocadas. A chapa eleita assume para um “mandato-tampão”, até dezembro de 2026, quando terminaria a gestão do grupo eleito no final de 2024.
Os planos para futura gestão
Márcia Sardá Espindola afirma que vem conversando com os 14 reitores que fazem parte da Acafe. Segundo ela, a gestão, caso confirmada a eleição, será de continuidade e de alinhamento com o Estado, onde a ex-presidente Luciane Ceretta comanda a área de Educação.
O foco principal da nova diretoria da Acafe deve ser o programa Universidade Gratuita. Superado o período de investigações sobre supostas inconsistências em cadastros de estudantes apontadas em um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) — 44 pessoas foram indiciadas na semana passada por suspeita de fraude —, a intenção agora é a consolidação do programa.
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A reitora da Furb avalia que o próximo ano deve ser de consolidação do programa, com o início da prestação de contrapartida dos estudantes que foram contemplados com as bolsas de estudos e começam a se formar. Outra intenção é a unificação de processos de inscrições e controle entre as universidades da Acafe.
— Será um mandato curto, até o final do ano que vem, mas para nós é um ano estratégico de consolidação do Universidade Gratuita, em que serão feitos ajustes pelo governo e pela Alesc. Participar também das contrapartidas que vão iniciar. Então, nosso objetivo é que todos estejam no mesmo alinhamento, com os mesmos procedimentos — avalia a reitora.
Foco no Universidade Gratuita
A definição dos convênios para permitir que os alunos beneficiados ofereçam a contrapartida ao Estado também está entre os desafios que a nova gestão deverá precisar assumir. A nova fase é vista como forma de mostrar à sociedade outro benefício do programa.
— Hoje a gente sente que o programa atingiu o objetivo. Sentimos que alunos que não se viam dentro das nossas instituições hoje estão aqui. Não tem mais como pensarmos a captação e principalmente a permanência dos estudantes sem o Universidade Gratuita. Tivemos também um aumento significativo de estudantes, que não tínhamos há décadas, então o projeto é muito importante para todas as instituições — afirmou.
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