O pastor que foi o centro de uma polêmica de traição, com direito a confusão em uma igreja de Joinville, renunciou ao cargo de presidente da Catedral Imagem e Semelhança. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (4), dias após o religioso assumir o adultério.
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A carta, publicada nas redes sociais, foi encaminhada aos diretores da igreja ainda na quinta-feira (3). O pastor afirma que a renúncia ao cargo, que ocupava desde 3 julho de 2010, foi feita por “razões de cunho pessoal”.
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A bispa da catedral, esposa do pastor centro da polêmica, ainda afirmou na publicação que a sede utilizada pela comunidade será devolvida ao proprietário nos próximos dias. Ela ainda propôs aos fieis um projeto, o qual chamou de “propósito”.
“Todos os membros estão sendo convocados a entrar em um propósito de 30 dias de oração, que acontecerão a partir de sexta-feira (11), uma vez na semana, buscando a direção de Deus para as decisões futuras que precisamos tomar”, disse no post.
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As atividades do local já haviam sido suspendidas na quarta-feira (2). Na mensagem compartilhada também na internet, a catedral afirmou que a pausa foi motivada para “curar e reencontrar o caminho”.
O que levou à renúncia de pastor
Uma noite comum de culto em uma igreja de Joinville terminou com confusão, tapas e um homem armado na noite de domingo (29). O motivo da briga teria sido um caso de traição por parte do pastor. O fiel que expôs o caso ainda alegou que ele teria usado o dízimo para comprar um carro.
Por conta das acusações, uma briga teria começado dentro da igreja, localizada na rua Blumenau, bairro Santo Antônio. A Polícia Militar chegou a ser acionada e afirmou que, em um primeiro momento, a confusão teria se dispersado sozinha.
Depois, uma nova confusão começou dentro da igreja. Os envolvidos teriam se estapeado e, neste momento, foi necessária a intervenção policial, que usou “equipamentos de menor potencial ofensivo para contenção do tumulto, conforme prevê as técnicas policiais”, de acordo com nota da PM.
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Depois, os policiais avistaram um volume de arma de fogo na cintura de um homem que estava no interior da igreja. Ele foi abordado e, com ele, localizada uma pistola, Calibre .9 milímetros, com três carregadores, totalizando 52 munições.
O suspeito alegou ser CAC, ou seja, colecionador, atirador desportivo e caçador. Ele afirmou que estava armado por questões de segurança devido às ameaças que vinha sofrendo. Ele foi conduzido à Central de Polícia.
Já o pastor informou pelas redes sociais que teria ido até o culto para confessar o adultério e negou ter usado o dinheiro da congregação. Ele afirmou que, na verdade, comprou o automóvel à prestação.
Como briga virou investigação policial
Diante do possível caso de difamação e outros desdobramentos criminais, a Polícia Civil iniciou uma investigação do caso.
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“A Polícia Civil também recebeu registro anterior, relatando ofensas e suposta difamação contra o líder religioso da mesma congregação, envolvendo publicação de conteúdo ofensivo em redes sociais. A Polícia Civil irá apurar os fatos, com o objetivo de esclarecer todas as circunstâncias do episódio, suas motivações, autores e eventuais desdobramentos de natureza criminal”, informou o órgão por meio de nota.
Sobre o homem que foi detido com uma arma, a Polícia Civil informou que o suspeito foi autuado por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, tendo sido liberado na segunda-feira (30), mediante imposição de medidas cautelares pela Justiça.
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