Uma investigação irá determinar se o crime de vilipêndio foi cometido nos corpos dos mortos na operação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, entre terça (28) e quarta-feira (29). Segundo dados do Governo do Rio, foram 121 mortos, incluindo quatro policiais. As informações são do g1.

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Do número total de mortos, 58 foram retirados pelas forças de seguranças e o restante foi removido por moradores da região e enfilerados em uma praça. A imagem tomou as redes sociais e a imprensa ao longo de quarta-feira (30).

Durante uma coletiva de imprensa, o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, foi questionada sobre um dos corpos estar decapitado.

— Quem disse que foi a polícia que cortou a cabeça? Os criminosos podem ter feito novas lesões nos corpos, podem ter feito isso ai (cortado a cabeça) para chamar a atenção da imprensa — afirmou Curi, na coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), feita depois de uma reunião entre autoridades de Segurança do Rio e deputados federais.

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Perícia dos corpos

Ainda durante a coletiva, o secretário foi questionado sobre uma denúncia de que a Defensoria Pública teria sido proibida de entrar no IML para acompanhar a perícia nos corpos. Felipe Curi afirmou que não foi designada uma equipe específica para isso e, dessa forma, vários defensores foram por conta própria tentar acompanhar a situação.

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— Não temos nada a esconder. É uma minoria lacradora que quer chamar a atenção (…) O IML não está aberto a visitação — declarou.

Ele afirma que o trabalho está centralizado no Ministério Público, que tem tido acesso total às perícias. O secretário de Segurança, Victor Santos, disse que a perícia do Instituto Médico Legal (IML) vai determinar se a lesão ocorreu antes ou depois da morte.

A lista com os nomes dos mortos deve ser finalizada até o fim de semana, segundo Santos. O fato de que “muitos dos mortos são de outros estados” dificulta a identificação.