A Polícia Civil investiga a responsabilidade do incêndio que matou três crianças no bairro Centenário, em Lages, no sábado (1º). Segundo o delegado regional do município, Fabiano Schmitt, é apurado se há elementos que indiquem homicídio culposo.
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— Já existe uma investigação iniciada, mas o inquérito policial será formalizado na segunda-feira (3) com o objetivo de apurar a eventual ocorrência de homicídio culposo. Ou seja, para verificar se alguém maior, do ponto vista penal, tenha contribuído para a ocorrência desse homicídio não intencional. O objetivo principal é esse — contou Schmitt.
O incêndio foi registrado no fim da manhã de sábado. As crianças tinham três, cinco e oito anos. O Corpo de Bombeiros de Lages e a Polícia Militar estiveram no local. Na casa, além das vítimas, moravam os pais e mais cinco filhos.
Segundo informações da NSC TV, o pai contou que o filho de oito anos estava com um isqueiro próximo a um travesseiro momentos antes das chamas destruírem o imóvel.
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O homem relatou também que retirou os filhos mais novos, mas não conseguiu chegar ao quarto onde estavam as três crianças. A residência tinha dois andares, sendo o superior de madeira. As chamas destruíram boa parte da casa. As vítimas estavam no segundo andar no momento do incêndio.
No mesmo terreno, o fogo atingiu outra casa de madeira, que estava a menos de 1 metro do imóvel. Os três moradores não se feriram. Todo o local foi isolado até a chegada do Instituto Geral de Perícias (IGP) e do perito dos bombeiros.
O delegado Raphael Quagliato Bellinati, que vai conduzir as investigações, disse que o laudo pericial será fundamental para definir o que aconteceu:
— Conforme o laudo de exame de local de crime do IGP, a gente vai definir o que de fato aconteceu, as circunstâncias e as ocasiões que deflagraram essa situação extremamente trágica.
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Identificação das vítimas
Os corpos das três crianças foram encaminhados ao IGP de Lages. Segundo o Instituto, a liberação e identificação oficial depende de exames de arcada dentária e de sangue. Ainda não há um prazo para a realização da perícia nas vítimas.
A prefeitura de Lages ofereceu um abrigo provisório para a família após incêndio, mas eles preferiram ficar na casa de parentes.
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