Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ex-deputado federal, informou que vai buscar um passaporte de “apátrida” para permanecer nos Estados Unidos. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve o mandato cassado por ultrapassar o limite de faltas. Com informações do O Globo.

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Em entrevista ao SBT News, Eduardo Bolsonaro afirmou que “há uma ordem para que as embaixadas brasileiras” não emitam passaporte para ele. Caso seja confirmado, ele ficará sem passaporte brasileiro.

— Assim que eu perder meu mandato, dentro de 30 ou 60 dias, tenho que devolver meu passaporte diplomático. Vou ficar sem passaporte brasileiro. Mas já adianto que estou vacinado. Isso não me impediria de fazer outras saídas internacionais porque tenho outros meios para fazê-lo ou quem sabe até correr atrás de um passaporte de apátrida. Vamos ver como isso acontece — disse o ex-deputado.

A Agência ONU para Refugiados (Acnur) classifica como “apátridas” pessoas que não têm nacionalidade reconhecida em nenhum país.

“A apatridia ocorre por várias razões, como discriminação contra minorias na legislação nacional, falha em reconhecer todos os residentes do país como cidadãos quando este país se torna independente (secessão de Estados) e conflitos de leis entre países”, explica a agência.

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Veja fotos de Eduardo Bolsonaro

Cassação pela Mesa Diretora

Morando nos Estados Unidos desde fevereiro, Eduardo teve o mandato cassado pela quantidade de faltas nas sessões deliberativas da Câmara neste ano. Pela regra da Constituição, deputados e senadores estão proibidos de faltar a mais de 1/3 das sessões deliberativas do ano.

Quantas faltas Eduardo Bolsonaro teve?

Foram 78 sessões ao longo do ano na Câmara, e 63 faltas do filho de Bolsonaro, o que equivale a quase 81% do total. A análise das faltas foi antecipada pelo presidente da Câmara, já que normalmente as ausências são avaliadas somente em março do ano seguinte.

A justificativa para a abertura do processo interno foi de que Eduardo já teria atingido o número suficiente de faltas para ser cassado.

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