O Porto de Itajaí registrou um crescimento de 1.494% na movimentação de cargas entre janeiro e junho de 2025. A análise compara os números em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 1,7 milhão de toneladas de carga movimentada no primeiro semestre. No ano passado, a movimentação do período foi de 104 mil toneladas. Segundo a administradora, o crescimento é um recorde no terminal.

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Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), as exportações tiveram alta de 8.599%, com a China como principal destino, seguida por Estados Unidos, União Europeia e países da América Latina. As importações cresceram 496%, com origem concentrada em grandes parceiros comerciais como China, Estados Unidos, UE e Mercosul.

Do total movimentado, 85% foram contêineres, totalizando mais de 180 mil TEUs, com destaque para carnes (22%), madeiras e carvão vegetal (20%), plásticos (7%), alimentos para animais (7%) e máquinas (7%).

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Até o momento, houve um investimento de R$ 130 milhões no terminal, atendendo a mais de 1,7 mil clientes. Novos aportes de R$ 90 milhões estão previstos para expansão da infraestrutura e tecnologia. O terminal conta com 1.030 metros de cais, quatro berços de atracação, calado de 14 metros, capaz de receber navios de grande porte, e 1.750 tomadas reefers para cargas refrigeradas.

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— Nosso desempenho no acumulado do primeiro semestre não só reforça a relevância do Porto de Itajaí na logística do Brasil, mas também a capacidade que tem em atender a demanda crescente do mercado. Podemos agregar muito à composição portuária brasileira e ajudar a impulsionar o comércio internacional — afirma Aristides Russi Junior, presidente da JBS Terminais, empresa que possui o arrendamento do Porto de Itajaí.

Porto de Itajaí tem nova gestão com federalização da autoridade portuária

A federalização da Autoridade Portuária de Itajaí encerra um período de indefinição iniciado em 2022, após o fim do contrato com a APM Terminals. Desde então, o porto passou por diferentes fases de gestão provisória e mudanças na operação até a formalização da transferência para a União.

Cronologia da federalização

Em dezembro de 2022, terminou o contrato de arrendamento da APM Terminals, que operava os berços públicos do porto. O governo federal chegou a preparar um edital de nova concessão e enviou ao Tribunal de Contas da União (TCU), mas o processo não avançou.

Com isso, a União autorizou a prefeitura de Itajaí a manter provisoriamente a autoridade portuária. Nesse período, foram feitas tentativas de contratar operadores transitórios, mas não houve sucesso, o que levou parte das companhias de navegação a transferir operações para outros portos.

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Veja imagens do Porto de Itajaí

Em 2023, a empresa Mada Araújo foi escolhida como operadora provisória. Pouco tempo depois, a companhia foi adquirida pela JBS, que assumiu as atividades operacionais e viabilizou a retomada gradual da movimentação de cargas.

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No entanto, a definição sobre a autoridade portuária permanecia em aberto. O governo federal descartou a proposta de concessão integral para a iniciativa privada e optou pela federalização da autoridade, medida oficializada em 2025.

Com a decisão, a administração do porto passa a ser vinculada à União e subordinada à Santos Port Authority, responsável pela gestão do Porto de Santos.

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Portos de SC lideram em contêineres e movimentação de cargas

Santa Catarina se destaca no cenário nacional portuário. No primeiro semestre de 2025, o Estado movimentou mais de 32,2 milhões de toneladas, um crescimento de 5,23% frente ao ano anterior, bem acima da média nacional de 1,02%.

Em termos de contêineres, Santa Catarina responde por 19,25% do total nacional durante o mesmo período, com destaque para Itapoá (8,1 milhões de toneladas movimentadas), Portonave (4,8 milhões) e Itajaí (1,4 milhões).

No primeiro quadrimestre de 2025, Itapoá liderou com 5,4 milhões de toneladas de carga total, seguido por São Francisco do Sul, Portonave, Imbituba e Porto de Itajaí, com 858 mil toneladas.

Em 2023, os portos catarinenses moveram 61,6 milhões de toneladas, 11,47% acima do ano anterior, e contêineres representavam 21,54% da movimentação nacional.

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